"Estava uma bela tarde para a prática de ver futebol e o Benfica jogava em casa com novidades no elenco. Bom ensejo para ir à Catedral puxar pela equipa e assim lá fomos, eu, o meu filho Francisco e mais 34.574 espectadores, para além de 2.800 bombeiros, convidados pelo Benfica no dia em que as equipas fizeram um minuto de silêncio em homenagem de oito falecidos este ano no combate às chamas. O Benfica não é apenas um emblema desportivo: o Benfica tem alma que é o que falta a muitas instituições do País.
As equipas evoluíram em campo, nos primeiros minutos de jogo, quando o defesa esquerdo Guilherme Siqueira arrancou pelo seu flanco, lançou Rúben Amorim, que desmarcou Lima, que cruzou rasteiro enquanto Óscar Cardozo arrastou dois defesas e, pela direita, onde jogava essa tarde, surgiu Enzo Pérez e fuzilou com êxito. Bastaram quatro minutos para a equipa sacudir a ansiedade e corresponder à expectativa e ao apoio dos adeptos.
Eu estava em dívida para com a Direcção do meu Clube a quem pedira, há cerca de um ano e nesta mesma coluna, um defesa esquerdo de raiz. Temos dois no plantel principal.
O plantel do nosso Benfica tem muitas soluções este ano. No jogo em causa Enzo Pérez jogava no flanco direito a substituir o lesionado Eduardo Salvio e que bem que o fez: jogou e fez jogar, marcou e deu a marcar. E até dedicou o golo ao jogador que substituía, num gesto de companheirismo que faz as grandes equipas. E pensar que o Enzo esteve quase perdido para o Benfica!
Éramos cerca de 35.000 e saímos ainda com sol do entardecer do Estádio da Luz. E creio que estávamos todos felizes. A nós, Benfiquistas, ninguém oferece vitórias. Temos que as conquistar, todos, dentro e fora dos campos. Cá estou, com o que sei e posso fazer."
João Paulo Guerra, in O Benfica
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