"O Benfica pode conquistar o campeonato este fim de semana, em Guimarães. É normal que no dia da vitória se festeje. Não há 'festejómetros' e nenhum clube é dono da cidade onde a vitória se dá. Assim, as declarações de José Isidro Lobo, presidente da mesa da assembleia geral do Vitória de Guimarães, são abaixo de lamentáveis: 'Aqui, como sabem, nem há casas dos outros clubes, do FC Porto, Benfica e Sporting; aqui somos vitorianos'. E acrescentou: 'Até seria uma provocação irem festejar para o Toural'. Ficamos a saber que quem não seja vitoriano é estrangeiro em Guimarães. Estas declarações, negação do fair play e da hospitalidade, são prepotentes e roçam a ameaça. Festa não é provocação, é futebol. Que um qualquer hooligan não viva bem com isso, compreende-se. Que um dirigente desportivo o afirme publicamente, é inaceitável.
Continua o tal presidente da assembleia geral: 'Quando vencemos a Taça de Portugal não fomos festejar para o Marquês. Certamente que o Benfica também quererá fazer a festa em sua casa.' Acontece que a casa do Benfica, como a do Sporting e cada vez mais a do Porto, não é nas suas cidades de origem. É, pela sua dimensão desportiva, em milhões de casas em todo o país. Estes clubes são clubes nacionais. Estatuto que um dia, se o Vitória de Guimarães trabalhar muito e for dirigido por gente com mais visão, também conquistará. Se o Guimarães não festejou a sua taça no Marquês, fez mal. Seria bem tratado. Porque Lisboa, com três clubes na primeira divisão, está habituada ao pluralismo clubístico. E porque é uma cidade de chegada, onde vive gente de todo o país. Não é de ninguém porque é de todos. A culpa destas afirmações não é, claro, dos vimaranenses. Todas as cidades têm gente pequena que gostaria de viver em lugares à sua dimensão. Pena que tenham palco."
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