"Luís Filipe Vieira festejou com orgulho, mas sem exagerada exuberância o seu terceiro título de campeão como presidente do Benfica. Além do óbvio e indiscutível mérito de ter conseguido colocar o Benfica na agenda da elite do futebol internacional, depois de tempos de penúrias financeira e moral, a constatação de ter sido o líder de uma persistente e árdua luta pela recuperação da hegemonia do futebol português que, como se sabe, tem já décadas de património portista.
Pode dizer-se, e com sentido, que um campeonato ganho não representa necessariamente uma hegemonia consolidada. Seria, pois, exagero dizer-se que o Benfica roubou ao FC Porto esse domínio desportivo no futebol português. O que se pode dizer, isso sim, é que o Benfica de Vieira tem vindo paulatinamente a ganhar terreno e a diminuir, a olhos vistos, uma distância que chegou a ser imensa e que parece, no mínimo, estar a ficar cada vez mais nivelada.
É também legítimo considerar a influência de Jorge Jesus nessa evidente recuperação do Benfica. Essencialmente pela competência técnica no que respeita a uma respeitável e elogiável sabedoria prática dos segredos do jogo e a uma provada competência na organização das equipas, tal como no assinalável crescimento profissional dos seus jogadores.
Torna-se, pois, incontornável considerar os méritos de presidente e do treinador não apenas nesta época de sucesso do Benfica, mas no seguro crescimento desportivo do seu futebol. São méritos irrecusáveis, embora de densidades diferentes, porque ninguém poderá esquecer que a política de continuidade e de estabilidade é definida pelo presidente, de quem o treinador directamente responde."
Vítor Serpa, in A Bola
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