"O treinador do Sporting lida mal com a falta de tolerância dos árbitros para com os excessos no banco
Imagino que não fosse essa a intenção, mas a verdade é que, quando Jesus diz que, com ele no banco, o Sporting não teria perdido frente ao Real, está a assumir a responsabilidade pela dramática derrota no Santiago Bernabéu. Nem sequer é preciso imaginar a dimensão do raspanete que o treinador dispensaria a um jogador que se tivesse feito expulsar em circunstâncias semelhantes.
A questão é que, mesmo querendo muito acreditar na versão mais benevolente para o treinador leonino, aquela que aponta para o excesso de zelo do árbitro esquecendo as instruções do International Board no sentido de não tolerar protestos no banco, a verdade é que esta não é a primeira, nem a segunda, nem mesmo a terceira vez que Jesus acaba um jogo na bancada. Aliás, mesmo em Portugal, mesmo com árbitros portugueses que falam a mesma língua e já lhe conhecem o feitio exuberante, mesmo com arbitragens que, pelo menos nos últimos tempos, só têm merecido elogios por parte dos responsáveis leoninos, Jesus tem sido expulso com uma regularidade e frequência que já o deveriam ter levado a concluir que, provavelmente, o problema não são os árbitros: é mesmo ele.
Ora, se Jesus tem a certeza de que tudo seria diferente se não tivesse sido expulso, talvez já fosse sendo tempo de fazer a parte que lhe compete para, pelo menos, não se pôr a jeito. É que, por cá, a margem de erro vai dando para quase todos os excessos, mas na Champions, todos os pormenores contam e de vitórias morais está o inferno das equipas que acabam relegadas para a Liga Europa cheio."
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