"O esforço do Benfica e da sua Direcção ao constituir o valioso plantel desta época, como o esforço dos Sócios e adeptos ao encherem o Estádio, em tempos de crise, mereciam mais que a vitória na Taça da Liga e os quartos-de-final da Liga dos Campeões, da qual o Benfica saiu com grande dignidade. E assim é natural que haja alguma frustração entre os benfiquistas.
O Benfica é uma sociedade de homens livres e, como tal, com opinião e direito a manifestá-la. Não estamos certamente num bunker totalitário onde meia dúzia de comparsas 'elegem' o líder e recolham as migalhas do saque. Mas os insultos contra dirigentes, equipa técnica e atletas, em nenhuma situação cabem no âmbito da liberdade de expressão.
Ser adepto consciente é assumir a defesa do Clube e da equipa no melhor e no pior. E é assim que age a imensa maioria dos benfiquistas, conscientes de que o seu apoio é indispensável quando o Benfica ainda tem pela frente o importantíssimo objectivo financeiro e desportivo de, pelo menos, segurar o segundo lugar no Campeonato. Um par de ex-dirigentes e três dezenas de alegados adeptos não são o Benfica. Estão enganados os abutres que de um dia para o outro passaram a sobrevoar o Universo Benfica, com larga promoção numa comunicação social ávida de sangue. O Benfica está bem vivo e recomenda-se.
A demagogia já entregou uma vez o Benfica nas mãos de aventureiros. Resgatar o Glorioso foi mais importante que qualquer resultado desportivo. Mas atenção: a credibilidade de um Clube da grandeza do Benfica também se faz de sucessos desportivos. E não se pode menosprezar a chama imensa da ambição de ser benfiquista."
João Paulo Guerra, in O Benfica
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