"Terminaram as férias do futebol doméstico. Não sei se esta prática se deve às intempéries de neve pela lusa terra, se ao convidativo calor sul-americano, se ao excesso de trabalho desportivo ou, ainda, se ao risco de uma qualquer antipática prenda futebolística no boxing day.
Terminaram as férias do futebol, mas não as do Campeonato. É-nos concedida a magnanimidade de uns joguitos da Taça da Liga, sempre subalternizada excepto quando se ganha...
Nada tenho contra esta espécie de Taça Intertotonacional. Bastava o meu Benfica ter ganho duas das três edições para com ela simpatizar. Além de que traz ainda vantagens adicionais: permite que os clubes dêem oportunidades a alguns atletas agora que não há torneios de reservas ou as famigeradas equipas B e pode originar receitas interessantes para clubes mais pequenos. E possiblita a esperteza de branquear cartões vermelhos! Pena que não dê acesso à Liga Europa.
Claro que, com um sorteio condicionado e acondicionado, tudo é feito para que a final e uma das meias-finais se jogue entre os três grandes. Por isso, dos três jogos dos grupos, jogam em casa os dois mais difíceis, não vá o diabo (ou o Nacional) tecê-las... E até a final se mudou estrategicamente do longínco Algarve para a central Coimbra, pois que o sorteio dita, por exclusão de partes, que há sempre um Benfica-Sporting... mas nas meias-finais! Tudo pensado ao pormenor na Liga sediada no Porto.
Até lá a liga desliga ou desliga a liga. Nas três jornadas dos grupos queimam-se dois domingos, quando os jogos se poderiam efectuar a meio da semana (nem sequer há competições europeias). E por que não se pensa na Taça da Liga no início de cada época antes do Campeonato?"
Bagão Félix, in A Bola
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