"Rúben Vejo, Nélson Semedo, João Cancelo, Rúben Semedo, Rafa Soares, Tobias Figueiredo, Bruno Fernandes, Rúben Neves, Gelson Martins, Ronny Lopes, Gonçalo Paciência, Ricardo Horta, Raphael Guzzo, André Silva, Iuri Medeiros, Rafa Silva, João Mário, Renato Sanches, André Gomes, Bernardo Silva, Raphael Guerreiro...
Deste desfile de nomes aleatoriamente dispostos, juntando-lhes outros talentos de igual valor, seria fácil - como aliás se viu nos anos recentes - formar uma Selecção capaz de conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, cenário hoje muito dificultado. Isto porque o torneio olímpico de futebol é uma prova marginal do calendário FIFA, para a qual os clubes não são obrigados a ceder jogadores.
Ora, se a final Olímpica está marcada para o Maracanã no dia 20 de agosto está bom de ver que os clubes que disputam a 16 e 23 o play-off da Champions não terão interesse em libertar os seus jogadores: alguém imagina por exemplo o FC Porto a atacar a Liga dos Campeões sem Rúben Neves ou André Silva na lista?
Aliás, num cenário em que Portugal chegue à final nunca a equipa regressará antes de dia 22 ou 23 de Agosto, ou seja já com a maior parte das Ligas europeias em marcha.
Mais do que decidida por critérios técnicos, a convocatória terá grande dose de diplomacia e de arte da negociação.
Torna-se evidente que ou o futebol olímpico entra nas contas da FIFA ou tem de saltar do programa olímpico, mas também é indisfarçável que no caso concreto de Portugal, mesmo que a medalha fique mais longe - mesmo que a equipa seja afastada logo na fase de grupos - a qualidade do trabalho feito na formação dá razões para se acreditar que muitos sucessos virão a caminho. E pensar que quando Scolari saiu os especialistas falavam de um deserto nos anos vindouros..."
Nuno Perestrelo, in A Bola
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