"O Benfica fez o que podia na Liga dos Campeões e fez que podia no campeonato. Com Howard Webb no jogo da Liga tínhamos ganho ao FC Porto, com Pedro Proença e a equipa dele a arbitrar o jogo da Champions tínhamos sido eliminados. Há obstáculos intransponíveis.
O FC Porto será um provável campeão, num título que se deve a Proença, em Braga e na Luz se fez um campeão. Campeão sem brilho, injusto e imoral, mas ainda assim campeão. Há mérito do FC Porto nas arbitragens de Pedro Proença e há demérito do Benfica, que mal teve cinco pontos de avanço no jogo da Feira, passou a ser prejudicado em todos os jogos que lhe sucederam. O Benfica respeita os árbitros, mas os árbitros não respeitam o Benfica. O FC Porto não respeita os árbitros mas estes respeitam-no. Como bem ensinou Maquiavel, temem-no, o que ainda é mais eficaz. Passou a valer tudo como na década de 90. Vítor Pereira, que presumo já não ser treinador do FC Porto, sairá como Carlos Alberto Silva. Campeão e a jogar mal. Derrotado pelo inexistente APOEL, pelo limitado Zenit, e goleado pelo lento mas categorizado Manchester City, mas campeão no campeonato de Proença. Vítor Pereira é o novo Carlos Alberto Silva. Proença é o novo Calheiros. Tomasi di Lampedusa bem nos ensina que é preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma, ainda assim é preciso um Garibaldi. O Benfica não pode, contudo, desistir e tudo deve fazer para evitar perder mais pontos, pontos esses que depois irão alimentar um discurso justificativo da forma como se fez um campeão.
Na Liga milionária estar no sorteio de dia 16 já é um feito. Real Madrid e Barcelona não estão ao nosso alcance. Com Milan ou Bayern seria difícil. Com Chelsea, Marselha, Nápoles ou Inter haveria eliminatórias equilibradas, onde tudo poderá acontecer. Com o APOEL, seria vitória quase garantida, só equipas limitadas perdem com os simpáticos cipriotas."
Sílvio Cervan, in A Bola
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