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quarta-feira, 8 de abril de 2015

A democracia das taças

"A Taça de Portugal e a mal-amada Taça da Liga têm uma característica que as torna, futebolisticamente falando, mais democráticas. A possibilidade de equipas menos fortes atingirem a final é muito maior do que no campeonato, onde a vitória se resume aos do costume. Tratando-se de jogos a eliminar, basta um percalço de um favorito para já não haver recuperação possível. Mesmo na Taça da Liga, onde o esquema de jogos e o sorteio tende a favorecer os chamados grandes.
Atentemos aos finalistas das 14 Taças de Portugal neste século: Porto (8 vezes), Benfica (4 vezes), Sporting (3 vezes), mas também Vitória de Setúbal e de Guimarães (2 vezes cada, uma das quais vencedores), Marítimo, Belenenses, Paços de Ferreira, Académica (que venceu), União de Leiria, Rio Ave e - notável proeza - dois clubes da 2.ª divisão (Leixões e Chaves). Finais entre grandes só houve duas!
Quanto à mais jovem Taça da Liga (8 edições): Benfica (6), Sporting (2), Porto (2), a que se juntaram Braga e Vitória de Setúbal (ambos vencedores), Paços de Ferreira, Gil Vicente, Rio Ave e Marítimo. Finais entre Benfica, Sporting e Porto só duas também. Bastaria esta constatação para valorizar estas duas competições. E para que os organismos competentes fossem mais criteriosos nos respectivos calendários que, ano após ano, enfrentam datas erráticas, descoordenadas, e que fazem apelo à memória para nos recordarmos de eliminatórias perdidas no tempo. A ideia - entretanto mudada - de escolher uma data para a final da Taça da Liga num fim-de-semana coincidente com uma jornada na Liga não lembra o diabo e só serve para descaracterizar a competição."

Bagão Félix, in A Bola

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