"É hoje o encontro decisivo entre o Benfica e a Juventus. Em Turim decide-se quem lá vai voltar a jogar na final da Liga Europa.
Na Luz, em grande jogo mais próprio da Champions, estiveram duas excelentes equipas europeias. Isto apesar de antes, durante e após a vitória encarnada ter ouvido e lido indignos comentários de quem parece ter visto jogar um colosso italiano contra um coitadinho português!
Entretanto foi ultrapassado o folhetim Enzo Pérez - sujeito à última hora a uma espécie de um uefeiro sumaríssimo - através do qual a Juve tentou aproveitar o modo como foi repetido à exaustão na televisão em directo um lance entre Enzo e um jogador italiano, com sentença inapelável dada pelo jornalista de serviço de que «houve agressão».
O Benfica vai entrar esta noite com a vantagem mínima. E terá que contar com quase tudo contra ele. Aquilo que é visível e natural, o ambiente no estádio, a pressão do adversário, mas sobretudo aquilo que não se vê mas pode ser decisivo. O árbitro, embora inglês, sentirá, no seu íntimo, o que poderá ser uma final no estádio da Juventus sem a Juventus: uma provocação que o poder nem quer imaginar.
Espero que o Benfica seja capaz de rasgar a proto-certidão de passagem administrativa da Juventus à final que, nos corredores da UEFA em Nyon, alguns gostariam de assinar. O Benfica tem à vista a sua 10.ª final europeia, 2.ª consecutiva na Liga Europa. Neste Dia do Trabalhador, exige-se muito trabalho, união e competência dos jogadores encarnados, para regressar a Turim. Porque, como diria Mário Jardel com invulgar eloquência, «as coisas difíceis nem sempre são fáceis»."
Bagão Félix, in A Bola
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