Bicampeão europeu pelo Benfica, é no entanto eternizado pela magia do seu jogo. Pé direito na bola, olhos sobre si e respeito nos corações de todos.
Diz quem viu ao vivo que não esquece. O 'Garrincha Português', como um jornalista francês um dia se atreveu a compará-lo, era algo mais na constelação de estrelas do grande Benfica dos anos 60. Leve como o vento, radiante como a Natureza, perfeito como um relógio suíço. José Augusto, rápido, tecnicista, imprevisível, inteligente, um jogador que nos dias de hoje teria uma cláusula de rescisão acima do sequer imaginável. Era pura arte e o Benfica teve-o na sua equipa de sonho dos anos 60.
Pura magia
Do Barreiro veio. Em Lisboa ficou. Até que um dia o mundo parou só para o ver jogar. Se na área José Águas reinava, se Coluna era a coluna vertebral, se Simões desnorteava com a canhota, se Eusébio era a 'pantera' quase acima do humanamente imaginável e se Germano era um monstro na defesa... José Augusto era a arte à flor da relva. Ali, à direita, estava o seu mundo feito de relva, pronto a ser pisado delicadamente pelo mestre da finta. Defesa que se atrevesse a olhá-lo nos olhos arriscava-se à humilhação, tal o talento com que Augusto tratava a redondinha. A par de Coluna e de Cruz, foi o único benfiquista a jogar cinco finais da Taça dos Campeões Europeus. E nem as derrotas em três delas mancham o trilho de uma aventura de sucesso. Não é para todos, não senhor. Mas José Augusto era puro talento, pura magia numa equipa de sonho. Ninguém os esquece, ninguém o esquece.
Números
E depois, claro, os números. Onze épocas no Benfica (ele que começou no Barreirense), 369 jogos, 174 golos, oito campeonatos nacionais, três Taças de Portugal e as tais duas Taças dos Campeões Europeus. Em 45 jogos vestiu a camisola das Quinas. Três vezes marcou no Mundial de 1066. O trajecto, todos o sabem, foi também aí radioso. Mais tarde veio a treinar o Benfica, em 1969/1979, e até conquistou uma Taça de Portugal. Mas o mais importante já estava feito. Sempre que a bola lhe chegava ao pé direito. Isso, sim, eterniza-o. Sorte de quem o viu a partir da bancada. Como era doce o seu talento à flor da relva. Diz quem viu... não esquece. E é impossível esquecer, não só pelo talento como também pelas imensas conquistas que viveu de águia ao peito, assim como pela forma de estar. Exemplo dentro e fora de campo, José Augusto foi um jogador de fino corte com a bola nos pés, mas também um digno representante do clube. E já depois de abandonar os relvados o continuou a ser. Ainda hoje é um fiel seguidor do Benfica, envolvendo-se na vida do clube e não deixando de apoiar o emblema sempre que os sucessores entram em campo. A simpatia, essa, está sempre presente. Mais do que o genial, foi e é um exemplo."
Ricardo Soares, in Mística
Pura magia
Do Barreiro veio. Em Lisboa ficou. Até que um dia o mundo parou só para o ver jogar. Se na área José Águas reinava, se Coluna era a coluna vertebral, se Simões desnorteava com a canhota, se Eusébio era a 'pantera' quase acima do humanamente imaginável e se Germano era um monstro na defesa... José Augusto era a arte à flor da relva. Ali, à direita, estava o seu mundo feito de relva, pronto a ser pisado delicadamente pelo mestre da finta. Defesa que se atrevesse a olhá-lo nos olhos arriscava-se à humilhação, tal o talento com que Augusto tratava a redondinha. A par de Coluna e de Cruz, foi o único benfiquista a jogar cinco finais da Taça dos Campeões Europeus. E nem as derrotas em três delas mancham o trilho de uma aventura de sucesso. Não é para todos, não senhor. Mas José Augusto era puro talento, pura magia numa equipa de sonho. Ninguém os esquece, ninguém o esquece.
Números
E depois, claro, os números. Onze épocas no Benfica (ele que começou no Barreirense), 369 jogos, 174 golos, oito campeonatos nacionais, três Taças de Portugal e as tais duas Taças dos Campeões Europeus. Em 45 jogos vestiu a camisola das Quinas. Três vezes marcou no Mundial de 1066. O trajecto, todos o sabem, foi também aí radioso. Mais tarde veio a treinar o Benfica, em 1969/1979, e até conquistou uma Taça de Portugal. Mas o mais importante já estava feito. Sempre que a bola lhe chegava ao pé direito. Isso, sim, eterniza-o. Sorte de quem o viu a partir da bancada. Como era doce o seu talento à flor da relva. Diz quem viu... não esquece. E é impossível esquecer, não só pelo talento como também pelas imensas conquistas que viveu de águia ao peito, assim como pela forma de estar. Exemplo dentro e fora de campo, José Augusto foi um jogador de fino corte com a bola nos pés, mas também um digno representante do clube. E já depois de abandonar os relvados o continuou a ser. Ainda hoje é um fiel seguidor do Benfica, envolvendo-se na vida do clube e não deixando de apoiar o emblema sempre que os sucessores entram em campo. A simpatia, essa, está sempre presente. Mais do que o genial, foi e é um exemplo."
Ricardo Soares, in Mística
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