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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Benfica, arte de fazer mais com menos

"O Benfica precisou de reagir às saídas de Oblak, Garay, Siqueira, André Gomes, Enzo Pérez, Markovic, Rodrigo e Cardozo.

Depois de Barcelos o Benfica ficou mais perto de se sagrar, 31 anos depois, bicampeão nacional. Quando, no início da temporada, se assistiu a uma debandada em massa na equipa da Luz que tinha feito o triplete a atingido a final da Liga Europa - saíram, dos habituais titulares, Oblak, Garay, Siqueira, André Gomes, Markovic, Rodrigo, Cardozo e depois, em Janeiro, Enzo Pérez, era difícil vaticinar que o Benfica lutaria pelo título, especialmente contra um FC Porto que contratou tudo o que lhe foi pedido por Julen Lopetegui e que possui, de facto, o plantel mais forte do futebol português. O Benfica assinou a custo zero, com três jogadores de mais de 30 anos, Júlio César, Eliseu e Jonas, compôs o meio-campo com uma dupla improvável formada por Samaris e Pizzi e, jogo a jogo, foi somando pontos sobre pontos. Aproveitando uma solidificação de processos, fruto dos quase seis anos passados, fruto dos quase seis anos passados na Luz, Jorge Jesus foi remendando aqui e ali a equipa encarnada e chega à 28.º jornada com francas hipóteses de conquistar a Liga.
Notável, pois, o trajecto encarnado e a arte de Jesus para, sem a mesma qualidade de ovos colocados à disposição de Lopetegui, estar a fazer mais e melhor.
As contas fazem-se no fim, mas este está a ser o ano de Jesus.
(...)

ÁS
Maxi Pereira
Marcou dois golos em Barcelos, o que não é muito normal num defesa lateral. Mas é através de atitude com que encara os jogos e sua a camisola que faz a diferença e se transforma na referência que é hoje em dia para o futebol do Benfica. Um dos trunfos dos encarnados é o carácter e Maxi tem, nisso, grande responsabilidade.
(...)

«Com o nome de Capela não se enganam com o meu sim»
Julen Lopetegui, treinador de FC Porto
Julen Lopetegui, sem resultados, fuga para a frente
Está perto de não ganhar nada em 2014/15, não obstante ter-lhe sido colocado à disposição o plantel mais forte (e caro) do futebol português. Sem resultados, vai procurando, através de manobras de diversão, as fugas para a frente que possam desculpá-lo. Como se viu em Barcelos, não havia razão para falar de João Capela. Que tinha sido excelente, aliás, no Marítimo, 1 - FC Porto,0...
(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

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