Os 5 melhores avançados sul-americanos do século XXI | SL Benfica

"Qual destes nomes é que gostarias que ainda estivesse na Luz?

Darwin Núñez chegou ao SL Benfica na época passada. No início deu sinais de ser um potencial goleador, mas a verdade é que o resto da época ficou muito aquém do esperado.

Nesta temporada o cenário alterou-se e muito. Darwin é o melhor marcador do campeonato e, até ao momento, em 28 jogos, marcou 23 golos, sendo que 18 foram a contar para a Primeira Liga, somando também duas assistências.

Com uma média de um golo a cada 70 minutos, é possível afirmar que melhor do que Darwin, só mesmo Eusébio. No entanto, não nos podemos esquecer de outros excelentes avançados que passaram pela Luz.

Neste artigo vou lembrar os cinco avançados sul-americanos que brilharam com o manto sagrado desde 2000. Ainda que seja quase impossível escolher apenas cinco.

1. Jonas

Jonas, “o pistolas”. Nunca uma alcunha esteve tão certa. O brasileiro chegou ao SL Benfica em 2014/15, com 30 anos, mas, neste caso, a idade trouxe consigo sabedoria. É caso para dizer que Jonas é como o vinho do Porto – quanto mais velho, melhor.

Em 183 jogos marcou 137 golos e fez 54 assistências, tornando-se no segundo melhor marcador estrangeiro de sempre, ao serviço das águias.

Para além disso, foi tetra campeão pelos encarnados, venceu uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga, duas Supertaças, fui duas vezes considerado o futebolista do ano e foi quatro vezes o melhor marcador (Liga, Allianz Cup e Taça de Portugal).

Em julho de 2019 despediu-se dos relvados, pondo um ponto final na carreira de futebolista e, tal como as lendas, teve uma despedida digna. Disse “adeus” no emotivo jogo de apresentação da equipa frente ao RSC Anderlech e foi aplaudido de pé por milhares de adeptos que entoavam o seu nome.

Uma despedida que deixou muitos com as lágrimas nos olhos, mas que também deixou muitas memórias no coração dos benfiquistas, tantas que até é difícil saber qual é a melhor. Só Jonas podia ser digno deste lugar no top.

2. Óscar Cardozo

“Tenham cuidado, ele é perigoso… ele é Óscar Tacuara Cardozo” – o mito. O paraguaio representou o SL Benfica desde 2007/08 até 2013/14. Em sete épocas, vestiu o Manto Sagrado 295 vezes, tendo marcado uns fantásticos 172 golos e feito 44 assistências, números dignos dos melhores.

Foi duas vezes o melhor marcador da Liga portuguesa; melhor marcador da Liga Europa (2009/10); duas vezes campeão nacional (2009/10 e 2013/14); venceu cinco vezes a Taça da Liga e conquistou uma Taça de Portugal.

Com um palmarés assim tão recheado não há dúvida de que foi um dos melhores jogadores que as águias tiveram no ataque, sendo mesmo o melhor marcador estrangeiro da história do SL Benfica. No entanto nem só de recordes vive um jogador como Cardozo.

O paraguaio foi um autêntico matador na liga portuguesa, tendo sido muitas vezes fulcral para as vitórias dos encarnados, como por exemplo, no célebre jogo frente ao Sporting CP, em 2013.

Em 33 minutos marcou três golos e tornou-se no primeiro jogador de sempre a apontar dois hattricks ao rival verde e branco, uma vez que, na temporada anterior também tinha marcado três golos frente aos leões.

3. Lima

O avançado brasileiro chegou ao SL Benfica em 2012/13, proveniente do SC Braga. Na época anterior tinha sido o segundo melhor marcador do campeonato, ficando atrás de Cardozo. Por essa altura, Lima dava sinais de ser um grande avançado do campeonato português e veio comprová-lo ao serviço das águias.

Na época de estreia ao serviço dos encarnados marcou 30 golos e fez 11 assistências em 49 jogos. Com um total de 41 presenças em golos em 49 jogos, Lima tornava-se assim um dos melhores jogadores do plantel da equipa da Luz. Mas o melhor chegaria na época seguinte.

Apesar de os números terem sido menos rentáveis (51 jogos, 21 golos e sete assistências), Lima, ao lado de Rodrigo, protagonizou alguns dos melhores momentos da história do SL Benfica, como por exemplo a conquista do 33º título de campeão português, que deu início ao célebre tetra campeonato.

E tudo surgiu dos pés de Lima, que a três jornadas do final da temporada, na receção ao SC Olhanense, marcou os dois golos da vitória.

No entanto, há muitos mais momentos que representam a grande qualidade de Lima ao serviço da equipa encarnada, como o segundo golo frente ao Sporting CP, em 2012/13. Depois de uma jogada sempre ao primeiro toque, Lima marcou um dos golos mais memoráveis das águias.

4. Javier Saviola

Saviola, mais conhecido como “el conejo”, chegou ao SL Benfica em 2009/10, depois de ter passado por clubes como o Real Madrid FC e FC Barcelona. Jogar nesses dois colossos europeus era sinal de qualidade e a verdade é que o argentino era pura magia dentro de campo.

Na primeira época ao serviço das águias, em 44 jogos marcou 19 golos e fez 12 assistências. Na época seguinte, os golos continuaram – 47 jogos, 14 golos e 15 assistências. Antes de rumar ao Málaga CF, ainda conseguiu marcar mais seis golos e fazer nove assistências.

Não há melhor maneira de começar do que ser logo campeão e Saviola conseguiu esse feito, em 2009/10. Fez parte do 32º título de campeão dos encarnados e descreveu essa conquista como algo inesquecível.

Inesquecíveis são também os momentos que proporcionou aos benfiquistas dentro das quatro linhas, ao lado de jogadores como Aimar e Di María, como por exemplo, o golo frente ao FC Porto, em 2009/10.

5. Rodrigo Moreno

O avançado brasileiro chegou ao SL Benfica em 2010/11, no entanto, não se conseguiu afirmar e foi emprestado ao Bolton Wanderers FC. Na época seguinte em 39 jogos marcou 16 golos e fez cinco assistências. Começava então uma boa jornada ao serviço da equipa da Luz.

Na temporada de 2012/13, Rodrigo e palavra “golo” continuaram de mãos dadas – 39 jogos, 11 golos e sete assistências. Com estes cenários positivos, era difícil esperar muito mais do brasileiro, mas a verdade é que Rodrigo provou ser um dos melhores avançados sul-americanos que passaram pelo SL Benfica.

Foi em 2013/14 que o jogador conseguiu a melhor prestação ao serviço dos encarnados – 43 jogos, 18 golos e 10 assistências. Melhor do que estes números só mesmo o significado e a importância deles.

Ninguém se esquece daquele golaço que marcou frente ao FC Basel, em novembro de 2011, num jogo a contar para a Liga dos Campeões, depois de um cruzamento de Gaitán, nem do golo frente ao FC Porto, no jogo após a morte de Eusébio."

Inês Cunha, in Bola na Rede