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domingo, 30 de outubro de 2011

Nova Luz

"Há oito anos, o povo vermelho rejubilou. O novo Estádio era inaugurado com entusiasmo incontido. A monumentalidade do novo anfiteatro benfiquista correspondia à reabilitação do Clube, após um dos períodos menos edificantes do seu longo historial.

A Nova Luz foi quase um milagre. Um milagre à Benfica. Erigida em tempo recorde, depois de inúmeras e talvez incontáveis peripécias, provou à saciedade o dinamismo espantoso do Benfica. Nenhuma outra agremiação desportiva, nacional ou internacional, quero acreditar, conseguiria erguer semelhante obra num tão limitado espaço de tempo e com recursos financeiros menos palpáveis. Recordo que o processo, desde a sua génese, não foi pacífico. Gente conservadora, ainda que benfiquista, chegou a objectar com ruído. Até Eusébio, símbolo maior, obrigou-se a intervir publicamente, dando o seu aval à demolição do velho recinto e sublinhando a necessidade do Benfica não perder a carruagem da modernidade.

Se na Nova Luz, hoje, é absolutamente consensual e motivo de orgulho de todo o Universo 'encarnado', justifica-se recordar a luta titânica empreendida por Mário Dias, então dirigente, cuja determinação foi imperativa para que o novo Parque Desportivo se tornasse uma realidade. Da mesma forma, no consulado ainda de Manuel Vilarinho, o actual presidente, Luís Filipe Vieira, pode reivindicar, sem qualquer laivo de imodéstia, um papel fundamental na engenharia financeira de todo o processo.

Passaram oito anos. O Benfica cresceu. Cresceu de forma inexorável. Cresceu em termos materiais? Cresceu muito. Cresceu em termos competitivos? Cresceu muito. O Benfica cresceu tanto quanto o registo hodierno impunha. Há uma nova Luz no século XXI. Há um novo Benfica? Há, seguramente, um Benfica que trata por tu a contemporaneidade. Agora, só precisa de andar um pouquinho à frente do futuro."


João Malheiro, O Benfica

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