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terça-feira, 22 de novembro de 2022

CF Estrela da Amadora 2-3 SL Benfica: Muda a competição, não muda a rotina: vencer


"A Crónica: Benfica Fiel A Si Mesmo Arranca Com O Pé Direito Na Taça Da Liga

Em dia de início de Mundial 2022, numa época completamente atípica, CF Estrela da Amadora e SL Benfica entravam em campo para o primeiro jogo do grupo C da Taça da Liga, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Numa fase tão peculiar como esta e com alguns nomes ausentes, era de esperar um Benfica a rodar mais a equipa e a fugir ao seu onze habitual. Ainda assim, e mesmo dando a entender que a Taça da Liga não tinha a importância de outras competições, o Benfica entrava em campo a proteger o registo impressionante de só não ter vencido por quatro vezes em 25 jogos e sem qualquer derrota.
Os comandados de Roger Schmidt entraram com fome de vencer e a mostrar serviço. O Estrela não se fazia de rogado e procurava ter bola, mas com o Benfica a controlar bem as variações de flanco amadorenses. Paulinho era ausência na equipa ‘da casa’ e João Silva tentava dar-se a conhecer à defesa encarnada, mas ia esbarrando na dimensão física dos centrais das águias. Víamos então um Estrela sem medo de ter bola, mas inofensivo e incapaz de chegar a zonas adiantadas com perigo numa fase inicial.
Apesar de um início dividido, começou-se a ver um Estrela remetido ao seu meio-campo, com o Benfica a começar a chegar mais vezes à sua área. E é nesta fase que entra Petar Musa, aos 13 minutos. Rafa e Musa combinaram numa troca sucessiva de passes, numa excelente jogada, e o croata finalizou de forma colocada à entrada da área. Não passaram muitos minutos até a formação tricolor dar resposta quando, aos 22’ minutos, João Silva aproveitou um cabeceamento ao primeiro poste de Guzmán e a falta de reação da defesa encarnada para fazer o 1-1.
O golo pareceu colocar o Estrela mais confiante e encontrar-se com firmeza no jogo e a ser atrevido no jogo, mas o Benfica reagiu. Por três vezes, aquando do minuto 25’, o Benfica podia ter-se colocado em vantagem. Musa cabeceou na sequência de um pontapé de canto, mas, por duas vezes, viu Brígido a negar-lhe essa possibilidade. Nesse mesmo lance, Diogo Gonçalves também ficou perto de ver a bola entrar na baliza, porém o Estrela tinha uma barreira na linha de baliza e impediu o golo.
Ao minuto 28’, a equipa que alinhou de amarelo aproveitou uma bola colocada por Grimaldo para Rafa em zona interior, com este último a romper para dentro e a ser derrubado dentro de área. Penálti para o Benfica. Chiquinho não perdoou e finalizou com mestria, 1-2. Três golos em 15 minutos e Neres esteve perto de juntar mais um no marcador, mas viu o defesa do Estrela tirar a bola na linha, depois de o brasileiro tirar Bruno Brígido da frente. O resultado manteve-se ao intervalo.
A segunda parte não fez o Benfica tirar o pé do acelerador, com a equipa de Roger Schmidt a dispor de duas oportunidades de golo nos primeiros dez minutos, com Rafa e Neres a serem perdulários em frente à baliza. O Estrela sentia mais dificuldades e não conseguia fazer a bola chegar aos seus avançados.
Benfica melhor e Estrela a demorar a reagir, contudo a resposta surgiu. Aos 65’ minutos, Ronaldo Tavares pôs à prova Odysseas Vlachodimos, que respondeu afirmativamente e negou o golo ao jogador recém entrado.
As oportunidades foram escassas no decorrer desta segunda parte e só perto do fim é que houve mais ilusão de golo. Neres era o mais inconformado e por duas vezes a bola esteve perto de entrar. A primeira, num momento característico do jogador, a fletir da direita para dentro e com o pé esquerdo a colocar a bola em arco para uma boa defesa de Bruno Brígido. A segunda, já com um remate mais tímido, com pouca força, contudo, perto da baliza.
Já aos 90 minutos, num contra-ataque rápido a um/dois toques, Rodrigo Pinho colocou a bola em Julian Draxler, que finalizou com categoria e fechou o jogo. O marcador acabou mesmo por se fixar em 2-3, quando já mesmo no último minuto do jogo, Morato oferece a bola à entrada da área e Diogo Salomão serviu a bola numa bandeja para Gustavo finalizar. Vitória por 2-3 dos encarnados, que entram nesta edição da Taça da Liga com uma vitória.

A Figura
Máquina bem engrenada de Schmidt Num jogo difícil, o grande destaque vai para a equipa numa nota geral. Mudam os intérpretes, mas a qualidade jogo, nem sempre com o melhor brilhantismo, vai permanecendo. Conseguiram controlar o jogo ofensivo do CF Estrela da Amadora e geriram a bola e controlaram o jogo com bola. Apesar dos dois golos sofridos, a formação encarnada não passou por nenhum verdadeiro susto.

Fora de Jogo
Omorwa Num jogo em que a organização do Estrela foi bastante competente e compacta, o defesa tricolor revelou alguma ansiedade e falta de concentração que comprometeu a equipa. Perdeu quase sempre os duelos com Musa e a sua desatenção constante deu alguns calafrios à sua equipa.

Análise Tática – CF Estrela Da Amadora
Sérgio Vieira montou a sua equipa num 3-4-3, com a defesa bastante subida, apenas um pouco atrás do meio-campo. Nesta ideia de jogo, Guzmán e Aloísio assumiam um papel importante, ora a mostrar-se ao jogo e darem soluções com bola, ora a pressionar e a não deixar Chiquinho e Florentino verem o jogo de frente. Foram também os principais elos de ligação entre defesa e ataque.

11 Inicial e Pontuações
Bruno Brígido (6)
Omorwa (5)
Miguel Lopes (5)
Almeida (6)
Jean Felipe (6)
Aloísio (6)
Sebastian Guzmán (7)
João Reis (6)
Ronald (6)
Shinga (7)
João Silva (6)
Subs Utilizados
Gustavo Henrique (6)
Ronaldo Tavares (5)
Lucão (6)
Hevertton Santos (6)
Diogo Salomão (6)

Análise Tática – SL Benfica
Roger Schmidt alinhou no seu sistema de jogo habitual, um 4-2-3-1, com Rafa como segundo avançado. O triângulo ofensivo de Chiquinho, Grimaldo e Rafa ia assumindo protagonismo no ataque do Benfica, com várias combinações pelo lado esquerdo. Do lado direito, Neres permitia o overlap de Gilberto, com os dois jogadores brasileiros a terem movimentos complementares.
O SL Benfica procurou sempre bloquear as saídas curtas do Estrela desde a reposição, com os dois homens mais adiantados a cumprirem o papel de pressão aos elementos mais recuados com bola. Foi um Benfica fiel ao que já demonstrara na sua ideia de jogo, com os extremos a virem muito para zonas interiores e darem a profundidade a Grimaldo e Gilberto.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (6)
Gilberto (6)
João Victor (6)
Brooks (6)
Grimaldo (6)
Florentino (7)
Chiquinho (7)
David Neres (5)
Rafa (6)
Diogo Gonçalves (5)
Petar Musa (7)
Subs Utilizados
Morato (6)
Julian Draxler (7)
Gil Dias (6)
Rodrigo Pinho (7)
Ristic (-)"

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