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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Imunes ao ruído e ao lixo circundante

"Esperamos um Benfica a jogar bem, com indiferença para a opinião dos avençados. Terá de ser Benfica apenas focado no jogo.

Depois da final four da Taça da Liga, prova que o Sporting ganhou com mérito, mesmo sem ser superior em nenhum dos jogos que disputou, voltou o campeonato nacional. Uma equipa que tem Bas Dost, mesmo ao pé coxinho, fica mais perto de ganhar jogos.
Na regresso da competição, o Benfica ganhou com naturalidade ao ex-campeão Boavista e o FC Porto ganhou com facilidade ao ex-campeão Belenenses. A vitória por 5-1 ao Boavista teve variados motivos de registo sob a perspectiva encarnada. Desde logo os três pontos obrigatórios, depois uma resposta colectivamente interessante e por fim golos em quantidade. O jogo começou com o anunciado furacão Gabriel que logo aos sete minutos viu o seu homónimo isolar um avançado axadrezado, que cedo mostrou não ser o seu dia, e terminou com Samaris e fazer um penalty numa combinação grega para Vlachodimos brilhar. Fica a ideia que quando subir a exigência competitiva não poderá haver estas liberdades poéticas.
Félix e Seferovic foram a parte mais colorida duma exibição bastante agradável do Benfica. Anunciaram-nos a tempestade e sentimos a bonança. Nada disso se irá passar assim neste fim-de-semana. O Benfica terá um jogo que outrora foi (historicamente) determinante na decisão de títulos e que por agora é apenas importante na demonstração de complexos. Imunes ao ruído e ao lixo circundante, terá que ser um Benfica apenas focado no jogo e na sua qualidade.
Esperamos um Benfica a jogar bem, com indiferença para a opinião dos avençados, com indulgência para a colocação das linhas dos realizadores e com uma grande vontade de condicionar o jogo com a qualidade dos seus jogadores. Bruno Lage tem estado bem a treinar e excelente a analisar.
Esta semana vi com imenso agrado Corchia jogar na equipa B. Esta velha teimosia, de não perceber porque não acontece mais vezes, deixou-me muito satisfeito. Ter algumas alternativas do plantel principal preparadas com ritmo competitivo para quando são solicitadas poderem entrar bem é também uma função da equipa B. Não tira lugar aos mais novos, pelo contrário é uma oportunidades destes jogarem com colegas mais experientes. Lembro-me de vencer uma meia-final da Taça da Liga no Dragão, com uma equipa que tinha dez suplentes que - porque na altura rodavam na equipa B - entraram com uma capacidade de eliminar o FC Porto na sua própria casa."

Sílvio Cervan, in A Bola

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