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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Crónica de uma morte anunciada

"De hoje a precisamente uma semana fará 4 anos que o mundo recebeu a triste notícia da morte do grande escritor colombiano, Gabriel Garcia Marquéz. Foi ele o autor do célebre romance 'Crónica de uma Morte Anunciada', escrito numa criativa novela jornalística que apaixonou milhões de leitores.
O título tornou-se tão célebre quanto o livro e já terá sido utilizado milhares de vezes, nas mais diversas versões. Uso-o também eu, aqui e agora, na sua forma mais simbólica para, com ele, significar o que considero ser o capítulo final da vida presidencial de Bruno de Carvalho no Sporting.
Haverá quem considere que o homem tem sete-foles, como os gatos, e ainda consegue fazer sobreviver a sua presidência desta crise arrasadora e autodestrutiva. Mas será, sempre e só, uma mera questão de tempo.
Os seus mais fiéis escudeiros também já não terão dúvidas e sabem que não se trata de aliviar as consciências da traição, mas de fazer a inevitável opção entre o presidente do Sporting e o Sporting do presidente.
Foi, aliás, esse o primeiro e decisivo mandamento de Jesus na sua última conferência de imprensa, onde o treinador leonino esteve irrepreensível na lucidez de uma exposição que, provavelmente, se tornará histórica.
Bruno de Carvalho estará, então, condenado a uma morte presidencial solitária, amargurado com a ingratidão de todos os sportinguistas?
Não totalmente só, porque com ele estarão ainda alguns militantes resistentes, agarrados à imagem de um líder com o seu carisma de idealista revolucionário. Só que também esses irão acabar por se diluir no tempo."

Vítor Serpa, in A Bola

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