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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

A busca do 8 encantado


"No modelo de Jorge Jesus, o número 8 é provavelmente o jogador que mais completo precisa de ser. Completo no sentido de ter que reunir competências ofensivas e defensivas em simultâneo. Ter de ser um jogador bem dotado fisicamente, tecnicamente, e ser inteligente taticamente.
Daquela posição tudo se define. Sem bola, a capacidade de recuperação da posse no pressing, a capacidade de recuperação para a linha média em 4x4x2 quando é o momento de baixar e juntar as linhas. Com bola, é a posição chave para dar fluidez ao jogo ofensivo – a velocidade a que circula, mas ainda mais a inteligência para saber quando conduzir e ir fixar adversários para soltar nos colegas mais adiantados, a habilidade motora para rodar de forma veloz e tirar a bola das zonas mais apertadas. Da posição oito do modelo 4x4x2, tantas vezes se determina todo o rumo do jogo.
O Benfica parece perdido entre aqueles que podem acrescentar com bola e os que são mais fortes sem esta. Entre todos, desde sempre que a minha opinião é a de que Chiquinho com bola é o melhor de todos. Porque reúne como nenhum outro médio encarnado as condições ofensivas para perder pouca posse e dar a tal fluidez que determina toda a velocidade do ataque e aumenta número de entradas no último terço com boas condições para os homens da frente serem perigosos. Não estou certo de que defensivamente tenha os argumentos necessários para se tornar o tal “Enzo” que ontem ouvi compararem. Nunca terá tal capacidade de recuperação ou agressividade, mas o que faz jogar o Benfica de forma natural usando e abusando de inteligência e percepção do jogo, não tem paralelo com mais ninguém que tenha jogado na posição. Com ele o jogo não encrava."

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