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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

2020, o que segue?


"Porque não são só os atletas que têm de preparar o futuro, e porque o futuro prepara-se assim: abrindo os braços ao desconhecido, inovando e procurando novas oportunidades. Fiquem atentos.  

Pavilhões cheios, espectadores que vibram com as nossas performances, transmissões de rádio, audiências históricas na TV, e, ainda assim… o trabalho de sonho de um atleta de alta competição é um trabalho temporário. Existe uma altura em que esse momento chega ao fim, e é hora de pensar numa nova vida, numa nova carreira.
O ano olímpico, o ano dos sonhos para muitos atletas, torna-se por vezes um pesadelo para outros. O ano das decisões, das pressões, das conquistas, das derrotas, da excelência e dos recordes, mas também um ano marcado pela angústia de não saber o que segue.
Devo terminar? Devo continuar? Como será a minha vida sem o desporto de competição? Será que vou conseguir preencher esse vazio? Como será a minha transição para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente?
Estas e outras preocupações são frequentes em grande parte dos atletas, sobretudo no ano olímpico que é também um ano de transição para um novo ciclo, um ano em que muitos decidem e reflectem sobre o seu futuro.
No âmbito dessas mesmas preocupações, o “COI”, Comité Olímpico Internacional, criou a “Athlete365 Career+”, um programa que pretende ajudar os atletas olímpicos na sua transição para o pós-carreira, capacitando-os através de formações que os preparam para o futuro, aumentando a sua confiança e dando-lhes competências para que essa transição seja um processo o mais delicado e bem sucedido possível. Não será tempo de também as empresas e organizações se associarem a estas plataformas e colaborarem entre si nessas mesmas transições?
O “COI” tem vindo a insistir em iniciativas que pretendem dar voz aos atletas. Fê-lo com a criação da plataforma “Athlete365” onde os mesmos podem, entre si e através dessa rede, discutir tópicos tão importantes no desporto como o “fair-play”, o “doping”, a manipulação de resultados e as demais temáticas e preocupações presentes no mundo desportivo e de competição. Dessa forma, encorajam a comunidade a não se ficar apenas pelo desporto, mas também a debater os temas e a construir pontes que influenciem de forma positiva os que os rodeiam.
É precisamente no ano dos Jogos Olímpicos que essas vozes são mais ouvidas, e é nesse contexto que se proporciona a oportunidade de criar condições para que as inquietações, preocupações e angústias dos atletas possam ser atendidas.
Se uma instituição como o Comité Olímpico Internacional reconhece a importância de dar voz aos atletas, aos jovens e àquilo que estes representam dado que o futuro lhes pertence, não será este um exemplo que devemos adaptar nos vários contextos da nossa sociedade, não apenas no desporto, mas também nas artes, na cultura, na economia, na inovação, na agricultura ou na política?
A esse propósito, os Global Shapers do Hub de Lisboa tomaram a iniciativa de criar o projecto “100 Oportunidades”, que consiste numa lista uma lista de 100 jovens com menos de 35 anos, disponíveis para debaterem no espaço mediático português não como jovens, mas como especialistas, com credenciais e experiência sobre os mais variados tópicos.
100 jovens, escolhidos pelo seu percurso, e recomendados por especialistas e embaixadores nas suas áreas, independentemente das suas afiliações ou ideologias, mas com um foco absoluto na sua capacidade de acrescentar conteúdo e conhecimento, com o objectivo de enriquecer o espaço público.
Porque não são só os atletas que têm de preparar o futuro, e porque o futuro prepara-se assim: abrindo os braços ao desconhecido, inovando e procurando novas oportunidades.
 Fiquem atentos."


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