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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Amargo de boca

"Perdemos em França com equipa ao alcance do melhor Benfica. Fica a sensação de que a história poderia ser diferente

Vencer o Rio Ave de forma clara foi importante para consolidar a liderança conquistada na semana passada. O campeonato é uma maratona em que vence o mais regular, quem tiver menos percalços, quem conseguir ganhar os três pontos mesmo nas partidas que correm menos bem. No entanto, o jogo contra a boa equipa de Vila do Conde deixou óptimas indicações, sobretudo na segunda parte.
Já o jogo de Lyon, marcado por uma sucessão de infortúnios, muitos por culpa própria, deixa um amargo de boca. Perdemos em França contra uma equipa que estaria ao alcance do melhor Benfica. Fica a sensação de que a história podia ter sido diferente. Dizer que a segunda parte foi melhor consola pouco, porque sabemos que ao intervalo também saiu o melhor jogador do Lyon, Memphis Depay.
Tristezas não pagam dívidas e resta olhar um futuro que tem já amanhã nos Açores um episódio de crucial importância. Para quem não gosta do Benfica e não consegue estar na Liga dos Campeões, resta festejar quando o Benfica não tem êxito. É assim hoje e vamos fazer com que seja por muitos anos. No futebol, como na vida, há dois grupos de pessoas: os que vão na frente e os que vêm a dizer mal. Nós, no Benfica, tratamos de ser do primeiro grupo.
Lideramos com dois pontos de vantagem o campeonato, mas sabemos que os adversários e obstáculos que temos pela frente obrigam a mais. Este ano, já escrevi repetidamente, os dois da frente vão perder poucos pontos. Seria um erro fatal pensar que o rival está menos bem ou que o seu jogo soporífero o afasta da luta. A história mostra que há adversários que nunca desistem e que fazem tudo (literalmente) para vencer. Vai ser uma luta a dois, vencida por quem tiver menos deslizes e nós acreditamos no Benfica.
Nos Açores nem as viagens, nem o cansaço serão motivo para haver outra coisa que não seja o melhor Benfica em busca dos três pontos. Bruno Lage saberá quem tem, e como estão os seus recursos. No último ano foi na deslocação aos Açores que Bruno Lage levantou voo rumo ao êxito e foi no seu regresso que recebeu do presidente o convite para permanecer como treinador principal (na cadeira ao meu lado).
Últimas notas para a magistral participação dos jovens do Benfica na Youth League, neste caso contra um excelente Lyon, que coloca o Benfica muito perto do apuramento. Naquela equipa há presente e há futuro."

Sílvio Cervan, in A Bola

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