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quinta-feira, 11 de julho de 2019

O tal canal que é... e não é

"Vem aí o 11, o canal televisivo da Federação Portuguesa de Futebol. De uma onda de contratações de notáveis e de um investimento assinalável logo se entendeu tratar-se de um projecto sólido, forte, profissional. Daí, a curiosidade maior de se conhecer o objecto a que alcança. Segundo o seu director, Nuno Santos, disse ao Público, o novo canal não terá nada de semelhante com qualquer canal de clube e também não será, propriamente, confundível com qualquer órgão de comunicação social. Desde logo, porque não tem informação e também porque não terá o seu foco principal nas audiências. De que estamos, então, a falar? A explicação é genérica, mas percebe-seque serão tratados conteúdos que outros não tratam, como o futebol feminino e, à noite, sempre que não haja transmissão televisivas (só no futebol?) a grelha prevê debates, ou seja, o que já preveem as grelhas de todos os canais desportivos e não desportivos, nos serões televisivos.
Nuno Santos alerta, porém, para a diferença essencial: os debates irão analisar, essencialmente, o jogo. Claque que também estarão em análise os jogos da Selecção e se a Selecção perder, ninguém, no canal, irá dizer que ganhou. Suponho que a ideia será descansarem-nos sobre a questão da independência dos opinadores.

Há, ainda, a questão sensível do financiamento. A dona do canal goza do estatuto, e de tudo o mais que ele proporciona, de utilidade pública e não tem fins lucrativos. O financiamento, pelo que é descrito, vem de um triângulo: FPF, distribuidores, publicidade. A ordem pode não ser arbitrária e isso preocupa. Mas não sejamos drásticos. A prudência aconselha: esperar para ver."


Vítor Serpa, in A Bola

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