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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Cadomblé do Vata


"Ninguém me pode acusar de impaciência ou histerismo com as exibições ou resultados menos conseguidos do SLB 23/24. Todo eu tenho sido comedimento, compreensão e até credulidade. Acontece que já vi muito Benfica para saber que épocas começadas aos trambolhões também acabam no Marquês regadas a champanhe, cerveja e vinho barato, porque às vezes basta um click para as coisas se comporem de forma imparável e é a espera por esse momento que mantém o Balão da Ilusão cheio.
A vitória caída do céu no derby com consequente subida ao trono tinha de ter sido “o” momento. No domingo fiquei a saber que não foi e o meu Balão da Ilusão rebentou. Puta que os pariu a todos. Deitar fora a liderança quando o rival se prepara para encarar 2 jogos complicados deixou-me de rastos. Ainda por cima com um empate a zeros. Não há nada que me irrite mais do que um 0x0 contra uma equipa pequena. É pior do que perder. Quando perdemos, o adversário fez pela vida. O estéril nulo mostra-nos incapazes contra incapazes. Estavam os dois nus na cama, olharam-se olhos nos olhos e foram jogar Minesweeper no telemóvel.
Numa Liga onde o que separa os grandes dos pequenos é uma fossa das Marianas, perder 7 pontos na piscina das crianças é desesperante e pode muito bem ser fatal a menos que haja alterações no modus operandi. E aqui vamos passar à frente a questão dos laterais que temos mas não temos, os 3 Kikin Fonsecas a quem pedimos golos, as opções tácticas e técnicas duvidosas ou os capitães que nunca aparecem a dar a cara nos desastres, para nos centrarmos na principal factor de erosão das nossas hipóteses de título nacional.
Schmidt tem de repensar urgentemente a forma como lida com os pesos pesados do plantel. Engordar vacas sagradas custou-nos caro nos últimos anos e já está a cobrar portagem novamente. João Mário e Rafa não têm capacidade para serem indiscutíveis no SLBenfica e é inaceitável no futebol do séc. XXI ter em campo 1 elemento que não produz 1 acção defensiva durante 90 minutos. Di Maria nem se dá ao trabalho de esticar o pé quando o adversário em posse de bola, passa a menos de 1m dele lentamente e no momento defensivo nem sabe se lá atrás está Bah ou Aursnes, de tão longe que olha para o lateral. À espera de um rasgo que pelo andar da carruagem, vai ser cada vez mais raro, hipotecamos o equilíbrio da equipa e a cadência de entrada de taças de campeão nacional no Museu Cosme Damião."

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