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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Muito mais que ‘Primárias’...


"Os sócios do FC Porto estão, ou não, confortáveis com a situação do clube?

«O sucesso da atividade do FC Porto enquanto clube mede-se em títulos», Pinto da Costa.
Os clubes devem o seu crescimento ao propósito inicial dos fundadores, que apontava o sucesso desportivo como objetivo. São os triunfos o combustível que mantém em funcionamento o motor dos adeptos, desperta paixões e enche estádios e pavilhões. Não há memória, aliás, de haver manifestações de regozijo nas ruas sempre que um clube apresenta resultados financeiros positivos… Porém, tentar ganhar títulos sem cuidar das contas é gestão danosa, que hipoteca o futuro.
Há mecanismos internacionais, no futebol, que cuidam, de forma muito discreta, é verdade, de manter os números equilibrados - o fair-play financeiro - e por cá também estão em funcionamento instrumentos, mais flexíveis ainda, que têm por missão garantir que obrigações salariais e fiscais estão em dia. Quando um clube se vê a braços com uma situação de agravamento das contas, quando o passivo supera em muito o ativo, entrando em falência técnica, se os alarmes não soarem é porque os sócios estão, no mínimo, desatentos. Esta situação já se verificou, de forma nítida, no Benfica e no Sporting, que em tempo útil souberam reverter a marcha e adequar despesas e proventos, e chega agora, como nunca - mesmo levando em linha de conta sanções anteriores da UEFA - ao FC Porto, que apresenta um passivo de 499.274 milhões de euros, um resultado líquido negativo da SAD de €48.290 M em 2022/23 e de €2.640 M no clube.
Este é o cenário que será sufragado pelos sócios na próximo dia 29, em Assembleia Geral (AG). Esse será o momento certo para, dentro de padrões de urbanidade - e cabe à mesa da AG garantir a segurança dentro do Dragão Arena, e à PSP intervir, dentro ou fora, caso a integridade física dos cidadãos seja colocada em causa -, uns fazerem perguntas e outros darem respostas, antes da votação final. Ver este ato como «eleições primárias», como o Conselho Superior catalogou a AG onde deveriam ter sido discutidas alterações aos estatutos, entretanto retiradas, é altamente redutor da importância do que estará em causa no dia 29. Do que sair dessa AG saber-se-á se os sócios do FC Porto estão, ou não, confortáveis com a situação vigente."

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