"Vitória, Vitória, acabou-se a história! Desta vez não houve luz que o salvasse e a ligação ao Benfica terminou mesmo. Rui Vitória fica na história dos encarnados pelos títulos que conquistou - será sempre o professor do tetra - e ainda como o quarto treinador de sempre com mais tempo seguido à frente do clube, depois de Janos Biri, Jorge Jesus e Otto Glória. Por respeito ao que conseguiu na Luz, não fazia sentido prolongar a agonia em que se estava a transformar a sua permanência de águia ao peito. Para o Benfica e para Rui Vitória, a separação foi a solução mais avisada.
Com o Benfica a jogar muito pouco (goleada ao SC Braga foi andorinha que não fez a primavera), haveria sempre uma primeira responsabilidade a imputar ao treinador. Mas a culpa não pode esgotar-se em Rui Vitória. Quem tornou o investimento de verão no maior fiasco do Benfica nos tempos modernos? Quem responde pelos empréstimos? Quem assume a responsabilidade pelo nome de Jorge Jesus ter andado na praça pública, fragilizando Vitória sem que o Benfica fizesse qualquer desmentido? Antes de dar o passo seguinte, seria importante que o Benfica fechasse, com declarações públicas, todas estas gavetas...
Quanto ao senhor que se segue, creio que ninguém terá dúvidas da grande qualidade de Jorge Jesus como treinador. Mas será que tem condições para unir os benfiquistas? Será possível passar uma esponja nos processos judiciais que foram intentados e em tudo o que foi dito? Duvido...
De qualquer forma, o Benfica não pode prolongar qualquer solução interina para além do prazo de validade normal. E, neste caso, o tempo foge."
José Manuel Delgado, in A Bola
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