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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A propósito do video-árbitro e não só...

"O video-árbitro contribuirá para a redução dos erros, adequando-se às exigências dos adeptos do século XXI

Os testes com o video-árbitro durante o Mundial de Clubes não correram sobre esferas e isso bastou para que soassem vozes mais viradas para o passado do que para o futuro. Nesta fase experimental, é normal que surjam problemas, mas o bem em causa - uma arbitragem com menos erro - é suficientemente valioso para que se persista na afinação da máquina.
A ideia que sempre tive de aplicação do video-árbitro sempre foi a de que a discricionariedade do árbitro de campo deve ser absolutamente preservada. O video-árbitro deverá auxiliá-lo em casos de natureza objectiva - a falta foi dentro ou fora da grande área, a bola entrou ou não - podendo ainda servir de olhos suplementares em questões de natureza disciplinar. O que não pode acontecer é, por exemplo, o árbitro de campo ver um lance, avaliá-lo como entender, e a seguir a sua decisão ser ultrapassada pelo video-árbitro. Creio que os testes evoluirão no sentido que me parece mais adequado, e o Mundial de Clubes trouxe-nos, até, um bónus. Passará a ser possível garantir que acabam os golos marcados em posição de fora de jogo, o que será um bem precioso para o futebol. O sistema é eficaz, a sincronização entre a imagem que mostra o momento do passe e a da posição do jogador que recebe a bola é surpreendentemente boa, pelo que deverá, num futuro próximo, apenas esperar que os árbitros assistentes só assinalem deslocação nos casos em que tenham 100 por centro de certeza. Nos outros, mais apertados, se for golo o video-árbitro acabará por penalizar a infracção, repondo a verdade.
Este é o caminho que o futebol deve seguir, munindo-se de instrumentos que aumentem a credibilidade do jogo e estejam de acordo com as exigências dos adeptos do século XXI.

PS: A FPF clarificou aquilo que era objecto de algumas dúvidas, colocando os pontos nos is: o Campeonato de Portugal é da família da Taça de Portugal e o Campeonato Nacional começou em 1934/35. A documentação oficial citada é avassaladora (A Bola, através de um magnífico trabalho de pesquisa de António Simões, já o tinha evidenciado) e o assunto fica resolvido. Pena que matéria do foto da História do Futebol tenha sido usado como arma de arremesso para alimentar uma never ending guerrilha que não faz bem a ninguém.

ÁS
Jonas
Foi longa, a travessia do deserto, mas Jonas saiu vivo de tamanha provação e na noite de sábado, no António Coimbra da Mota, já foi possível vê-lo espalhar magia, embora ainda sem o ritmo e a confiança que só chegam com os jogos. Uma bactéria quase pôs fim à carreira do goleador encarnado, mas este acabou por dar a volta por cima.

ÁS
Abel Ferreira
Cumpriu a curta comissão de serviço que lhe foi encomendada por António Salvador com particular brilho. Não é todos os dias que o SC Braga ganha em Alvalade e Abel, um ex-leão, teve pelo menos o mérito de limpar a cabeça dos jogadores dos arsenalistas, permitindo-lhes actuar de forma eficaz e descomplexada.

DUQUE
Jorge Jesus
O jogo 500 de Jesus na I Liga deixou-lhe o sabor amargo de ter visto, pela primeira vez, lenços brancos em Alvalade. Perdida a Europa, em quarto lugar no campeonato e uma distância já preocupante dos rivais, o Sporting de Jesus parece caído nos braços do fantasma do Natal que noutros tempos assombrou Alvalade.

Sporting está desgastado por guerras sem fim
«Às vezes, pareço os doidos que falam à janela e já ninguém ouve. Sofremos de pouco militância»
Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, in 'O Jogo'
O Sporting não pode nem deve andar a dispersar-se em mil guerras ao mesmo tempo, sob pena de não ganhar nenhuma. O clube precisa de fazer reset, refrear os ataques em que desperdiça energias e olhar para dentro, procurando perceber por que razão está neste momento fora da Europa, em quarto lugar na Liga e a quatro e oito pontos de FC Porto e Benfica, os rivais históricos...

Mexicano marcador infalível dos 11 metros
Os jornais mexicanos podem não ligar muito à Liga portuguesa, mas são de uma atenção militante em relação aos seus jogadores de Benfica e FC Porto. Raúl Jiménez fez manchete ontem, a propósito do 17.º penalty da sua carreira, marcado no Estoril, sendo assinalada uma particularidade: dos onze metros, nunca falhou...

A lenda de CR7
Cristiano Ronaldo fechou o ano de ouro de 2016 com registos incríveis: conquistou a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes pelo Real Madrid e sagrou-se campeão da Europa por Portugal. Em 57 jogos oficiais anotou 54 golos (por Portugal, 13 em 13!!!) e fez 16 assistências. E entre os 'hat tricks' que assinou, aqueles que conseguiu frente a Wolfsburg, Atlético de Madrid e Kashima Antlers entram para a história 'merengue'. Além de tudo isto, conquistou a Bola de Ouro pela quarta vez e está a dia de receber, tudo indica, o prémio de melhor do ano da FIFA."

José Manuel Delgado, in A Bola

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