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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Os dias difíceis de Pinto da Costa

"O contexto em que José Peseiro entrou no FC Porto esteve longe de ser o ideal mas quatro meses depois também já fará sentido concluir que o treinador foi incapaz de resolver o problema que herdou. Se a ideia de contratar Peseiro passava pela habitual qualidade do seu processo de jogo e pela possibilidade de, a partir daí, tornar o futebol dos dragões mais atraente, a verdade é que o plano não funcionou. O FC Porto de José Peseiro é uma desilusão e o pior de tudo é que, pelos vistos, o treinador é a única pessoa que ainda não percebeu o que está a acontecer. Quem é derrotado em metade (!) dos jogos não deve justificar-se com as arbitragens e muito menos dizer que "o FC Porto também merece ser campeão". A equipa perde muito porque joga pouco. Essa é a questão de fundo e é estranho que Peseiro não a entenda. Ou se recuse a entender.
A sucessão de flops em que se têm tornado as escolhas de Pinto da Costa são uma novidade. Os últimos três treinadores que chegaram ao Dragão foram Paulo Fonseca, Lopetegui e, agora, Peseiro. Dificilmente o balanço poderia ser pior e, sejamos claros, falhar três vezes seguidas é um sinal inequívoco de que as coisas mudaram. Em sentido contrário, os rivais de Lisboa passaram a acertar. No Benfica, os últimos anos foram para o longo reinado de JJ, em primeiro lugar, e agora para Rui Vitória. Em Alvalade, e depois da chegada de Bruno de Carvalho, o Sporting teve Leonardo Jardim, de seguida Marco Silva e, por fim, Jorge Jesus. Curiosamente, Jesus, Rui Vitória, Leonardo Jardim e Marco Silva já estiveram todos no radar do FC Porto, em circunstâncias e momentos diferentes. Olhando para o que fizeram e estão a fazer em Benfica e Sporting, de que história estaríamos aqui a falar se algum deles tivesse chegado a ser apresentado, ao vivo e a cores, no Porto Canal?"

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