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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Justiça no futebol, uma tragicomédia

"O Sporting-Benfica da Taça de Portugal jogou-se no Estádio de Alvalade, a 21 de novembro de 2015. Ontem, 25 de Fevereiro de 2016, estando já pendente uma decisão sobre uma alegada agressão de Slimani a Samaris nessa partida, ficou a saber-se que vão ser enviados ao CD da FPF outras quatro situações do mesmo jogo com jogadores do Benfica a vestir a pele dos réus.
É evidente que, estando um Sporting-Benfica, que pode ser o jogo do título, marcado para o próximo dia 5 de Março, toda esta envolvência produz o efeito da gasolina sobre uma fogueira. Não irei usar este espaço nobre do jornal A BOLA para quaisquer considerando específicos sobre cada um dos lances. Porém, creio que a situação é por demais grave para que, no Editorial de A BOLA, se exija uma justiça desportiva que esteja de acordo com as necessidades da competição profissional. É literalmente impossível credibilizar o futebol ao mais alto nível em Portugal quando não existe a mínima preocupação em tornar célere e produtiva uma área fundamental como a justiça. Podemos ir à procura de culpas individuais que expliquem o estado das coisas e que nos acalmem as preocupações. Se o fizermos estaremos a fugir ao cerne da questão. A justiça do futebol, que só funciona se, entre outros atributos, for rápida e certeira, está entregue ao mais coubertiniano dos amadorismos; vive como se estivesse na primeira metade do século XX, quando não havia televisão nem computadores; e funciona segundo a vontade de umas quantas boas almas que se reúnem de vez em quando para deliberar sobre tão candentes matérias.
É hora de dizer basta!"

José Manuel Delgado, in A Bola

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