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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Bancadolândia


"Sem meias-palavras
Acabado de chegar a Lisboa, o novo treinador do Benfica teve o primeiro contacto com a imprensa portuguesa ainda no Aeroporto Humberto Delgado. À terceira pergunta, Roger Schmidt já estava a ser 'torpedeado' com temas de mercado. A resposta foi firme e eloquente, fechando um caminho e abrindo outros, diretos ao coração da nova Família, para melhor se estender o perfil e as ideias de quem foi contratado para recolocar a equipa do Glorioso a jogar 'um bom futebol' e 'ter sucesso', como assumiu o técnico, sem 'mas' nem 'ses'.

Entre a dívida e a esperança
Visto pelo ângulo do copo meio vazio, o recente desaire do Benfica na final da Taça de Portugal de futsal, somado a outros resultados insuficientes em pretéritas decisões no panorama nacional tem potencial para alimentar a dúvida no momento de se projetar a ronda que 'promete' reagrupar os dois primeiros classificados da fase regular e que, isso é certo, definirá o campeão nacional de 2021/22. Por outro lado, encarnado o futuro para perspetiva do copo meio cheio, o que se viu no dérbi disputado (e resolvido pela diferença de um golo) no Multiusos de Sines influencia a esperança num desfecho diferente, assim se confirme o reencontro das equipas para um duelo que terá todos os condimentos para escaldar junho, o mês em que o nosso verão se acomoda na poltrona do tempo. Perdeu-se um troféu no passado fim de semana, mas o ânimo terá de ser regenerado prontamente o transferido para os jogos-chave do título mais entusiasmante, porque urge desenhar com traço grosso o início de um novo ciclo. É, fundamental ser perfeito nos detalhes (do primeiro minuto de jogo às bolas paradas).

Atenção aos sintéticos
A Federação Portuguesa de Futebol, encarnando o papel de regulador e de dínamo no desenvolvimento e na promoção de equidade do desporto-rei em todas as suas camadas, terá uma palavra importante para que se caminhe no sentido da interdição do recurso a relvados sintéticos (concretamente) nas fases de apuramento dos campeões nacionais dos escalões jovens. Dos menos para os mais novos, poderá aproveitar para mudar o quadro começando pelos sub-19 (juniores), aqueles que, afinal, estão muito próximos do patamar sénior. Não se entende, ou, sendo simpático, custa a aceitar como amiúde ainda têm de se sujeitar a jogos em que cada passe e cada despique mais vigoroso são acompanhados por pedaços de borracha esvoaçantes. Atenção, os sintéticos fazem falta, porque o futebol também se sustenta, e muito, com os remediados, mas, à porta do escalão profissional, no último degrau, os relvados naturais deveriam ser um ponto de honra."

João Sanches, in O Benfica

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