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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Os 5 reforços encarnados para janeiro


"Querias ver algum destes 5 reforços na Luz?

É hora de arrumar a casa, primeiramente. É essa a prioridade enunciada por Rui Costa na entrevista dada ao canal do clube e, neste sentido, o reforço do plantel, apesar de necessário, ficará sempre para segundo plano e dependente dos espaços que se abrirem na constituição do plantel.
Há posições a precisar de reforço urgente – guarda-redes, lateral-esquerda, médio defensivo ou extremas ofensivas –, mas acumulam-se na Luz os jogadores sem grande destino e sem colocação aparente fora de portas.
Radonjic e Meitë, principais contratações falhadas, deverão seguir rumo igual em condições diferentes, já que o primeiro está emprestado e o segundo assinou em definitivo pelas águias, tornando-se agora grande dor de cabeça para os responsáveis que assinaram a sua contratação por sete milhões de euros.
A boa prestação na Liga dos Campeões não torna urgente a entrada de capital através de uma qualquer venda milionária, mas o namoro do Newcastle a Darwin Núñez – falando-se insistentemente numa oferta de 50 milhões de euros – poderia fortalecer os cofres encarnados e proporcionar uma abordagem mais folgada ao mercado de Janeiro, nunca pródigo em contratações certeiras.
É difícil comprar neste mês e por isso os clubes remetem-se muitas das vezes a contratações cirúrgicas ou com perspectiva a curto prazo, como empréstimos de curta duração, de modo a suprimir eventuais carências dos plantéis: as do SL Benfica, consensuais e enunciadas acima, poderiam ser resolvidas com as sugestões que se seguem.

1. Ángel Di María
O grande sonho. Angelito representaria contratação de relevo feita principalmente com o coração: está com 35 anos e seria transtorno importante na vertente financeira. Mas seria o retorno ao clube que o fez projetar na Europa, ainda que as suas intenções não passem sobretudo por Lisboa mas sim por Paris ou… Rosario.
“Não sei, não sei (sobre o futuro)... Estamos a pensar nisso (a renovação com o PSG) e esperamos que assim seja. Já disse que, enquanto ficar na Europa, o meu último clube quero que seja o PSG, porque estou aqui há muitos anos e é o único clube em que estive tanto tempo e fui tão feliz. Vivo uma história linda aqui.
Sempre tive na cabeça a ideia de voltar a jogar (no Rosario Central), mas também preciso de pensar em tudo… Na família, na segurança, na situação que a Argentina está a passar. Tenho duas filhas e tenho que pensar em tudo.
Não posso pensar só em mim, no que me vai fazer feliz, mas tenho que pensar na minha família também”, dizia no final de Dezembro aos microfones da ESPN Argentina, contextualizando – e colocando de parte – um possível ingresso no Atlético Mineiro, o mais forte pretendente neste mercado de Janeiro.

2. Guarda Redes
Helton Leite terminou 2020-21 a titular, mas Vlachodimos recuperou o lugar na presente temporada com exibições cruciais, particularmente na caminhada europeia. Ao grego mais não se pode exigir, esmera-se continuamente numa demonstração clara de compromisso com o clube – apesar disso, o talento, que não é gigantesco, é injustamente questionado pela massa adepta.
Nunca totalmente consensual no Terceiro Anel, Vlachodimos está um degrau abaixo de nomes como Ederson ou Oblak, que inevitavelmente alargaram a exigência na questão da baliza. Há opções interessantes a terminar contrato em Junho deste ano e que poderiam ser assegurados por um valor simbólico já em Janeiro. David Ospina já estará a ser seguido pelo Real Madrid, depois do Nápoles não ter conseguido chegado a acordo com o seu representante.
Seguindo para Norte na Península da bota, surge Strakosha, que na capital defende as redes da Lazio e que até agora não assinou qualquer renovação do vínculo contratual – luta com Pepe Reina pela titularidade, sendo opção mais recorrente na Liga Europa e por isso, talvez, se veja disposto a mudar de ares. O albanês (18 internacionalizações) está avaliado em 7 milhões pelo Transfermarkt.
Viajando até à Alemanha, há um nome de relevo pronto a dar o salto: Jiri Pavlenka, guarda-redes checo que defende o Werder Bremen, este ano a disputar a 2. Bundesliga. O próprio já afirmou que não tenciona colecionar mais minutos numa divisão secundária e até agora ainda não há garantias de que continuará em Bremen, dependendo do sucesso do clube em ascender ao principal escalão.
Até lá, continua com o seu futuro indefinido e os pretendentes fazem fila à porta do Weserstadion: no Verão foi o Burnley o mais convicto, mas a oferta de três milhões não chegou para convencer os responsáveis alemães. O checo é internacional pela sua seleção e opção regular, acumulando 14 internacionalizações.
A opção mais mediática, mas que surgiria na mesma lógica da aposta em Júlio César ou Casillas – nome internacional conceituado com larga experiência – seria Hugo Lloris, que termina a sua ligação com o Tottenham e apesar das notícias que apontam numa suposta negociação para revalidar a ligação entre clube e atleta, esta tarda em concretizar-se.
O OGC Nice é um dos clubes à espreita de um eventual falhanço e ao SL Benfica exigir-se-ia largo esforço financeiro, apesar de não se poder desvalorizar uma eventual influência de Jan Vertonghen na decisão do titular da seleção campeã do mundo em mudar-se para Lisboa.

3. Reinildo Mandava
Com apenas Álex Grimaldo como opção de origem para a lateral canhota, o Benfica tenta agora assegurar uma alternativa ao espanhol na sequência da adaptação falhada de Gil Dias, que não conta para Nelson Veríssimo. Ramón, do Flamengo, é a solução mais comentada nos meios de comunicação social.
Brasileiro, 20 anos, suplente de Filipe Luís e com grande margem de progressão, que seria ideal num contexto de longo prazo. Mas ao SL Benfica, que ainda tem aspirações no campeonato – por muito improvável que seja – na Taça da Liga e na Liga dos Campeões, interessava sobretudo assegurar desde logo alguém identificado com o futebol europeu e com características invulgares tendo em conta as disponíveis no plantel.
Reinildo Mandava significaria um regresso à Luz – cumpriu etapas de formação nos B’s e sub23, além de uma pré-época com Rui Vitória – e uma adição de valor inquestionável, pelas capacidades físicas – onde é superior a Grimaldo – e técnicas, que o fizeram ser campeão francês pelo Lille e presente no onze do ano da Ligue 1.
Acaba contrato com os franceses neste Verão e uma oferta residual do SL Benfica, em relação a um contexto normal (está avaliado em 10 milhões de euros pelo Transfermarkt), chegaria certamente para convencer Les Dogues e a estrela moçambicana. Além do Nápoles, o Trabzonspor é outro dos interessados.

4. Jota
Jorge Jesus não contava com o extremo português, recambiando-o para Glasgow com uma cláusula irrisória de sete milhões de euros.
Não é que fosse previsível tamanha afirmação de Jota com a camisola do Celtic, mas o contexto favorável criado pelas ideias positivas de Ange Postecoglou ao comando dos católicos provocou o rejuvenescimento do imenso talento português, que destruiu defesas por toda a Escócia e pela fase de grupos da Liga Europa, com o golo em Leverkusen como momento primordial.
O SL Benfica, a precisar de alternativas a Everton, pediu Radonjic emprestado ao Marselha, mas o problema não se resolveu, já que nem um nem outro se conseguiram insurgir no meio da mediocridade ofensiva encarnada.
Com novo treinador ao leme da equipa, Jota teria nova oportunidade para demonstrar competências no clube que o formou – e afirmar-se em Portugal será certamente um dos objetivos do prodígio, antes do mais do que natural sucesso internacional.
Esse acontecerá mais tarde ou mais cedo: mantendo-se pela Escócia é uma questão de tempo até seguir o chamamento da Premier League, passo mais lógico e dado por muitos que despontam no campeonato escocês.

5. Florentino Luís
José Mourinho apanhou-se de forma surpreendente a experienciar a pior derrota da carreira num contexto inimaginável. Em visita ao campeão norueguês, nada fazia prever o 6-1 final do placard: o Bodo/Glimt, equipa sem grande expressão continental mas com um projeto apaixonantemente sustentável, fez dos romanos seu freguês e provocou a implosão do balneário giallorossi.
Um dos implicados na filtragem que o treinador português aplicou no plantel (13 jogadores foram riscados dos planos) foi Gonzalo Villar, que agora em Janeiro se viu a caminho de Madrid – para jogar nos seus arredores, a 14 quilómetros para Sul que é onde se localiza o município de Getafe.
Opção importante para o clube espanhol que luta intensamente para escapar da cauda classificativa e emblema que ostenta Florentino, emprestado pelo SL Benfica. Que até começou a época a titular, mas foi perdendo espaço e antes da última jornada, na qual foi titular diante do Sevilha, só tinha aparecido no onze inicial a… 25 de Outubro.
Ou seja, quase três meses antes. Resta agora ao SL Benfica e ao jogador decidir o futuro – se até aqui o trinco cumpriu 900 minutos de jogo, poucos mais se prevêm até Junho. Na Luz, Meitë é carta fora do baralho e, por isso mesmo, o regresso do internacional sub21 justifica-se cada vez mais numa óptica de assegurar uma alternativa capaz a Julian Weigl."

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