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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Havia um empate na ilha – curtas do Benfica


"Mudou-se o tempo, mudou-se o dia, mas o Benfica pouco mudou. A equipa de Jesus voltou a ser medíocre, desta vez perante o Santa Clara.
- O Santa Clara apresentou-se num 4-4-2, com o bloco muito baixo e as linhas muito juntas, ocupando na perfeição o seu último terço. Com os extremos a acompanharem os laterais do Benfica quando estes subiam, o conjunto de Daniel Ramos fechou bem o lado da bola, bem como o corredor central.
- O Benfica demonstrou muita dificuldade em imprimir velocidade ao seu jogo, como já havíamos referido anteriormente. Circulação muito lenta e à largura, dando tempo suficiente aos açorianos para se ajustarem.
- Quando assim é, torna-se essencial atacar o espaço, ora para arrastar e desposicionar, ora para receber e finalizar. Num dos lances em que Waldschmidt trabalhou bem em espaço curto (este alemão, sim, tem condições técnicas para jogar o triplo!), saiu o golo do Benfica: qualidade no passe, velocidade na desmarcação e recurso ao primeiro toque! Só assim se consegue desmontar uma organização defensiva como a do Santa Clara no primeiro tempo!
- Na segunda parte, o Santa Clara arriscou mais. Subiu o bloco, concedeu mais espaço ao Benfica e a toada da partida permitiu chegadas mais rápidas ao último terço por ambas as equipas.
- Com o jogo mais partido, foi notória a dificuldade que o Benfica tem em acautelar a perda da bola, dadas as características de Taarabt (muito predisposto para correr, mas não chega para 90min, calcula mal os tempos de entrada e nem sempre está bem posicionado) e Weigl (falta-lhe passada e a tal agressividade que Jesus disse há dias que lhe estava a tentar incutir).
Resumindo, os problemas continuam, e só o tempo dirá se os jogadores se conseguem adaptar ao que Jesus quer, ou se será o técnico das águias a mudar algo no seu xadrez.

Destaques individuais
Vertonghen – num Benfica com tantas intermitências, o experiente belga tem sido dos mais regulares. Hoje, teve um corte absolutamente decisivo, quando Patrick seguia embalado para a baliza de Vlachodimos. Nunca comprometeu, oferecendo um nível de segurança com e sem bola que poucos na equipa conseguem, neste momento, dar."

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