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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

José Peseiro, Matosinhos, lei Bosman...

"Devemos agradecer os jogadores que temos aos clubes formadores, à competência da FPF e à lei Bosman, que lhes permite jogar lá fora...

José Peseiro concedeu uma excelente entrevista ao jornal A Bola e à Bola TV, onde teve a coragem de traçar um diagnóstico muitas vezes duro mas sempre preciso do estado do futebol do Sporting. Quando alguém tem a ousadia de fugir aos lugares-comuns, arrisca-se a ser olhado com desconfiança, como se a verdade não fosse a única via para a regeneração. O Sporting pode jogar melhor ou pior, mas nem uma coisa nem a outra podem esconder uma realidade criada a partir da implosão, de Madrid a Alcochete, de uma equipa de futebol. Os que saíram não tiveram (nem podiam ter, pelo que representavam para o clube) substitutos à altura e muitos dos que ficaram continuam incapazes de exprimir o que valem. Para tornar ainda o quadro mais preocupante, os últimos desenvolvimentos, com a prisão preventiva do Oficial de Ligação aos Adeptos e o que virá, não tornaram mais sólida a posição leonina na discussão com, por exemplo, Wolverhampton e Atlético de Madrid. Neste contexto, se os sócios e adeptos do Sporting não virem Peseiro como parte da solução e lhe imputarem responsabilidades pelos problemas do clube, a Via Dolorosa poderá ser mais longa.
A loja do Benfica, no Mar Shopping, em Matosinhos, não podia ter tido melhor ajuda do que a que foi proporcionada pelos SuperDragões. Quanto custaria, ao departamento comercial do clube da Luz, o espaço nos jornais, rádios, internet e televisivo, dispensado no fim-de-semana, para publicitar o novo ponto de venda do merchandising encarnado? Ironia à parte, é óbvio que a proposta de lei do Governo, contra o hooliganismo, que está no Parlamento para votação, só peca por tardia. E quem teimar em tecnicalidades para obstar ao processo, não me parece que esteja do lado certo da história.
Para que  não subsistam dúvidas, nenhuma equipa fica mais forte sem o melhor goleador do mundo. Dito isto, e remetendo, quando for caso disso, uma solução harmoniosa para a engenharia de Fernando Santos (e cá estaremos depois para avaliar os resultados), há que realçar o invulgar lote de excelentes jogadores, uns feitos, outros em construção, e alguns ainda na forma de projecto, aptos a representar a equipa de todos nós. Devemos agradecer aos clubes formadores, à FPF que trabalha com competência e à Lei Bosman que abriu as portas dos campeonatos mais competitivos.

Ás
Costa/Éder/Bruma
Mais do meio século depois daquela que era a única vitória de Portugal na Escócia (e no mesmo palco de Hampden Park), a turma das quinas, mesmo numa versão BB, passeou classe e venceu com autoridade. Hélder Costa estreou-se com golo, Bruma estreou-se a marcar e Éder regressou aos golos. Muito bem!

Ás
Diego Roncaglio
Estavam mal paradas as coisas para o Benfica, na deslocação a Viseu, para o Nacional de futsal (2-2 no derradeiro minuto), quando o guarda-redes Diego Roncaglio, de 30 anos, brasileiro de Blumenau, tirou um coelho da cartola e marcou o golo da vitória, com um potente remate de meia-distância. Afinal, os keepers também servem para ganhar jogos.

Duque
Pinto da Costa
Terá sido avisado o que disse relativamente à frustrada renovação do mexicano Hector Herrera? O que ganha o FC Porto com a fragilização, interna e externa, de um dos jogadores desportivamente mais relevantes do seu plantel? Até Sérgio Conceição, neste contexto, fica numa posição ingrata. Não havia necessidade...

Leonardo Jardim e a estranha vida dos treinadores
«A sua (Leonardo Jardim) passagem vai permanecer como uma das páginas mais bonitas da história do clube (AS Mónaco)»
Comunicado AS Mónaco
Pouco depois de ter cometido a proeza de fazer do Leicester campeão de Inglaterra, Cláudio Ranieri foi despedido. Na mesma linha, e com o mesmo argumento, os resultados, Leonardo Jardim foi forçado a abandonar o Mónaco, onde foi campeão e meteu muitas centenas de milhões de euros nos cofres do clube. Coisa estranha, esta vida de treinador, pouco dada a criar raízes.

O regresso da Holanda pela mão de Koeman
Depois de um segundo lugar no Mundial de 2010 e de um terceiro, em 2014, no Brasil, a Holanda foi vítima de um apagão que a afastou do Europeu de França e do Mundial da Rússia. No último sábado, ao derrotar a Alemanha (3-0), a Laranja Mecânica fez prova de vida. Um regresso à 'normalidade' que se saúda.

Era uma vez Manuel Bento
No dia 15 de Outubro de 1980, em jogo de apuramento para o Mundial de Espanha, Portugal empatou a zero frente à Escócia, no mesmo estádio onde ontem venceu por 3-1. Os tempos eram outros, à Selecção Nacional faltava o rigor que abunda nos dias de hoje (talento havia...), e os escoceses eram uma das potências do futebol europeu. Nesse contexto competitivamente desfavorável, o nulo da turma das quinas teve um protagonista de excepção, Manuel Galrinho Bento, na melhor exibição que lhe vi realizar (e foram tantas e tantas, a maior parte de local privilegiado, até em Hampden Park e pela Selecção AA...). É com muita saudade que recordo esse momento ímpar de um guarda-redes sublime, precocemente desaparecido. À família, um abraço amigo. Ao Manel, até um dia..."

José Manuel Delgado, in A Bola

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