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segunda-feira, 5 de março de 2018

A exportação do modelo português

"O director desportivo português do PSG fez manchete no 'l'Équipe' com o tema da pressão sobre a arbitragem. Para nós? 'Déjà vu'...

Antero Henriques, director desportivo do Paris Saint-Germain (PSG), concedeu uma entrevista ao diário L'Équipe, no último sábado, onde é plasmada a filosofia lusitana para o pré-jogo, nos momentos importantes. O dirigente parisiense fez votos para que houvesse uma excelente arbitragem no PSG - Real Madrid da Champions, deixando implícitas várias questões subjacentes, nomeadamente as queixas dos franco-cataris no recente confronto com os merengues e, mais relevante ainda, a caótica arbitragem do Barcelona -PSG da época passada, que tanto penalizou a turma da Cidade Luz.
Sem quaisquer paliativos, passemos ao essencial. O que pretende Antero Henriques ao conceder esta entrevista ao L'Équipe? Colocar o foco, no Parque dos Príncipes, sobre a equipa de arbitragem, procurando evitar, na versão benévola, prejuízos e tentando, numa visão mais perversa, colher, através da pressão, algum benefício. Isto e mais nada.
Estamos, pois, perante a exportação do modelo português de condicionamento público das arbitragens (e quem, por cá, nunca tiver pecado, que atire a primeira pedra), a que a imprensa gaulesa acabou de aderir. Sim, quando o L'Équipe escolhe para manchete a frase: «Queremos Uma Arbitragem Excepcional» sabem bem ao que vai, como, quando e porquê. Uma vez mais, por cá, quem nunca tiver pecado, que atire a primeira pedra.
Cavemos um pouco mais fundo, nesta temática. Até que ponto é legítimo, a um clube como o PSG, que não faz parte da realeza europeia, criar condições que não inclinem o campo quando defronta um dos tubarões do Velho Continente? O trauma de Camp Nou, quando, há um ano (8/3/2017) perdeu por 6-1 depois de ter vencido por 4-0 em Paris, prejudicado por um trabalho inqualificável do alemão Deniz Aytekin, permanece vivo e remete-nos para outra questão. Até que ponto devem ser accionados mecanismos cautelares de protecção, seja do Caldas quando joga na Vila das Aves, do Tondela quando defronta o Sporting, do Belenenses quando joga contra o FC Porto ou do Estoril quando mede forças com o Benfica?

Nota final, em relação à UEFA, e ainda a pensar no que subjaz às declarações de Antero Henrique, lídimo representante do modelo português. Porquê a recusa do VAR? Têm medo de perder o quê?
(...)

Ás
Ivo Oliveira
Portugal não tem tradição nos grandes eventos de ciclismo em pista, daí a importância acrescida da medalha de prata de Ivo Oliveira nos Mundiais que se disputam em Apeldoorn, na Holanda, na prova de perseguição individual. Temos equipamentos, nomeadamente os bairradinos, que não têm de ser Elefantes Brancos...

Neste caso, como em todos: investigue-se!
«Você pode achar que estamos a mentir. Não faz sentido? É a sua opinião. Você pode ter uma opinião que não faz sentido. É legítimo»
Francisco J. Marques, entrevista à Sábado
A PJ vai apurar as circunstâncias de um pagamento do FC Porto ao Estoril, uma semana antes do jogo em que se defrontaram, na Amoreira. Investigue-se, apurem-se responsabilidades, estabeleçam-se inocências ou culpas. Pergunta: Porque se deve diabolizar, neste caso o anonimato e louvá-lo, por exemplo, no caso dos e-mails? Quem vive confortável com esta incoerência?

Bernardo que não é defesa-esquerdo...
O algarvio Cavém, histórico jogador do Benfica e do Benfica e da Selecção, foi bicampeão europeu jogando com o Barcelona (1961) a extremo esquerdo e com o Real Madrid (1962) a defesa direito. Bernardo Silva, brilha no City a extremo direito, depois de recusar ser, na Luz, defesa esquerdo. Mesmo os mais argutos, por vezes, falham.

E agora, Jesus?
Tudo aponta que o Sporting falhe, pela décima sexta vez consecutiva, o título nacional. Para Jesus isso significará três insucessos seguidos, num contexto de enorme ebulição do clube de Alvalade, mergulhado em promessas presidenciais de glória por concretizar. Qual é melhor opção estratégica de JJ? Apostar tudo na Liga Europa, uma via verde para a Champions? E quem estará mais confortável neste momento, Jesus, cuja competência não é contestada, ou Bruno de Carvalho, que está na antecâmara de falhar mais um objectivo leonino?"

José Manuel Delgado, in A Bola

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