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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Canadá, o 20 no Benfica e Paris iluminada

"Não se esqueçam que passa entre os pingos da chuva sem se molhar ou que teve de lutar em campo enquanto a filha lutava pela vida. Não se esqueçam do Fideo...

Lionel Messi.
Deixem-no ali, no topo, no lugar dele. Esqueçam-no, imaginem que não existe.

América do Norte, 2007.
José Couceiro com 21 futebolistas.
Leva um guarda-redes campeão europeu por Portugal e um outro pela lateral-esquerda do Real Madrid. O técnico não o sabe. Nem eles ainda o são.
Leva Zezinando, Paulo Renato e Feliciano Condesso. Bruno Pereirinha, Bruno Gama, Nuno Coelho ou Zequinha.
Já o Japão leva um tal Shinji Kagawa.
A Polónia um guarda-redes chamado Szczęsny e o Canadá tem outro de nome Begovic.
Espanhóis: Adrian Lopez, Alberto Bueno, Mario Suárez, Piqué, Granero, Javi Garcia, Juan Mata.
O México tem Giovani dos Santos, Carlos Vela e Javier Chicharito Hernández.
Os EUA Jozy Altidore, Michael Bradley e a mais espantosa das estrelas cadentes: Freddy Adu.
O Brasil, claro, nunca esquecer o Brasil: Alexandre Pato, Luiz Adriano, Renato Augusto, Marcelo, Willian, David Luiz e Leandro Lima que não tinha o direito de lá estar.
E o Chile? Arturo Vidal, Gary Medel, Mauricio Isla e Alexis Sanchez.
Agora o Uruguai: Edinson Cavani e Luis Suárez. Martin Cáceres também.
Atenção que entra a Argentina em campo!
Sergio Romero, Gabriel Mercado, Federico Fazio, Emiliano Insúa. 
O-novo-Fernando-Gago-que-até-já-é-o-novo-Fernando-Redondo: Ever-Banega. Pablo Piatti e… …Sergio Kun Aguero….

América do Sul, 2007, tempos antes.
Riquelme, Pablo Aimar, Lucho Gonzalez, Javier Zanetti, Carlitos Tevez.
E apenas para treinar na preparação para a Copa América na Venezuela:
«Alfio Basile pôs um miúdo. (…) Vinha com todas as dificuldades físicas que pode ter um rapaz de 19 anos, mas via-se logo que era diferente, um jogadorzaço.»
Hernan Crespo, in Mundo Deportivo 

Península Ibérica, 2007, ao mesmo tempo.
Fernando Santos, treinador do Benfica: «Perder Simão Sabrosa seria um pesadelo».
O 20, capitão, sai mesmo.
Iliev, Jordão, Hugo Leal, Maniche, antes de Sabrosa.
Nico Gaitán e Gonçalo Guedes depois.

O Grande Octágono, 2017.
Praticamente nove anos e meio passados, em França: Verratti, Cavani, Matuidi, Rabiot, Pastore e Lucas.
Piqué, Busquets, Iniesta, Luis Suárez, Neymar.
Desde o início do texto e no Parque dos Príncipes também, Messi esquecido..

Futuro...
Não se esqueçam é de quem iluminou Paris pelo menos por uma noite. Nem se esqueçam do escolhido por Basile para treinar com a constelação argentina, aos 19 anos.
Não se esqueçam de quem caminha ao lado de Piqué, Luis Suárez, Edinson Cavani ou Aguero: todos eles emergentes do Mundial sub-20 de 2007, no Canadá, um dos que deu mais estrelas ao futebol mundial.
Não se esqueçam de Simão, mas lembrem-se de Di María.
Que foi memorável numa das noites mais memoráveis do Parc.
Que foi campeão europeu em Lisboa pelo Real Madrid. Que «caiu» no Manchester United e reergeu-se em Paris.
Que foi o melhor 20 da Luz.
Que esse número que Simão tornou pesado, o argentino sublinha de cada vez que brilha numa carreira de nível altíssimo.
Lembrem-se que lhe chamam Fideo.
Que passa entre os pingos da chuva sem se molhar.
Que teve de lutar em campo enquanto a filha lutou pela vida.
Que nos últimos anos, na Argentina - a que esteve mais próxima do Mundial desde a era Maradona - não há ninguém acima dele!
E não se esqueça de voltar ao topo do texto, se ainda tiver dúvidas."

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