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sábado, 26 de março de 2016

Vitória no Bessa foi de bicampeão

"A vitória no Bessa valeu muito mais que três pontos. Num jogo em que não jogámos bem, em que tivemos que alterar meia equipa, em que o adversário mesmo limitado técnica e tacticamente se entregou como nunca, arrancar a vitória dois minutos para além da hora pode ter sido decisivo. Isto não invalida que terá que haver um Benfica de maior qualidade, para vencer um Braga também ele muito melhor. O Benfica que jogou no Bessa não chega para ser campeão, mas o resultado do Bessa é decisivo para lutar pelo tricampeonato.
Há uma atenuante grande para a exibição, o Benfica que jogou no Bessa parecia um hospital de campanha, nem Luisão, nem Jardel, nem Gaitán, nem Mitroglou, nem Fejsa, nem Júlio César, nem Lisandro, é de mais. Bem sei que o Sporting já marcou assim ao Tondela, já teve uma mão do Tonel para além do tempo, e já venceu a Académica ao cair do pano, mas no Bessa a sorte e o engenho de Jonas podem bem ter sido providenciais no objectivo 35. Ao ouvir-se o apito final do árbitro, mais de meio estádio já estava a cantar «Dá-me o 35»; foi isso mesmo, o alívio, a alegria e a esperança misturados num sentimento único de um objectivo épico. Faltam sete jornadas, quatro das quais na Luz, mas todos sentimos que o jogo com o Braga é mesmo o mais difícil, o mais decisivo e o mais determinante neste objectivo. Saímos desta quaresma em primeiro, na liderança, e isso faz de nós apenas dependentes daquilo que conseguirmos fazer.
Continuo a escrever de forma repetida que se vão perder poucos pontos até ao fim, e reitero que poderá haver três equipas com mais de oitenta pontos nas contas finais. Assim, a tolerância ao desperdício é zero, e por isso sair do Bessa sem tropeços foi de campeão. Diria mesmo que foi de bicampeão que quer ser tricampeão."

Sílvio Cervan, in A Bola

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