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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Espaço, o melhor amigo de Rafa – curtas do Benfica


"Foi um encontro que se dividiu literalmente em… duas partes. Não só por uma questão cronológica, mas também pela diferença da qualidade.
- Um primeiro tempo do Benfica bastante aceitável, principalmente até à meia hora de jogo. Muito espaço concedido pela equipa do Portimonense, principalmente no miolo, a possibilitar aos encarnados acelerarem na zona onde são mais perigosos: o corredor central.
- Portimonense a apresentar-se num 4-4-2 losango, procurando encaixar o seu médio ofensivo em Weigl. No entanto, o Benfica conseguiu sempre encontrar espaço, principalmente nas costas dos médios laterais, de forma a chegar à frente.
- Portimonense subia poucas vezes e com poucos elementos, sem ruturas de segunda linha. Bloco bastante afastado, sem e com bola. Também por isso, perdas pouco acauteladas na transição defensiva. 
- Na segunda parte, o Portimonense esteve bem mais junto. Isso possibilitou à equipa ter mais apoios à frente, mais tempo de posse de bola e uma recuperação mais rápida da posse.
- Em sentido inverso, o Benfica resguardou-se mais e, na transição ofensiva, procurava um Darwin Núñez que, desamparado, teve dificuldades em dar continuidade às jogadas.
- Demora dos extremos e médios do Benfica a chegar em apoio nesta fase. A equipa acabaria por ter ataques de pouca duração. O facto de este ter sido o primeiro jogo da época em que o Benfica termina com menos posse de bola que o adversário espelha bem as dificuldades que o Benfica teve em organização ofensiva neste segundo tempo.
- Ofensivamente, foram raros os lances em que o Portimonense incomodou a baliza de Vlachodimos, pese embora ter tido mais bola e domínio territorial.
- No entanto, não deixaram de assustar Jorge Jesus após terem conseguido o golo. Ferro e Samaris entraram aos 90min, num jogo frente ao último classificado do campeonato, sendo este um sinal de alguma insegurança por parte do técnico dos encarnados.

Destaques individuais
Rafa – um golo, uma assistência e muitos desequilíbrios criados na primeira parte, na qual o jogo do Benfica fluiu mais e o Portimonense concedia mais espaço. Em ambos os golos, ficaram bem patentes os estragos que pode causar quando esse espaço surge no corredor central. Indubitavelmente, o maior quebra-cabeças para os adversários das águias nesta fase da temporada.
Everton Cebolinha – continua bem longe de ser o jogador que todos esperariam. Nunca arrisca o duelo individual. Apenas se cinge a combinações curtas e, mesmo aí, falha alguns passes. Parece necessitar de frescura física e de perder o medo de errar quando tem a bola, ou então nunca “quebrará o gelo”."

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