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sábado, 19 de setembro de 2020

Eu sei o que fizeste na Grécia – Crónica de um Benfica à Benfica


"Sejamos honestos. Quantos de vós não se interrogaram vezes sem conta como foi possível deixar Luka de fora na final de Salónica?
Famalicão recebeu um Benfica arrasador – Em criação, na pressão recuperando cada bola, no controlo e domínio.
O alemão rubricou uma exibição de elevado quilate e demonstrou todo o potencial que tem para ser uma das grandes figuras da Liga – Talvez só Cebolinha o possa acompanhar na equipa encarnada, não ignorando que Darwin poderá também ser um elemento de enorme notoriedade pelos golos que provavelmente somará – mas longe do requinte e definição da dupla das zonas de criação.
Não há nada tão importante quanto a eficiência nas acções técnicas correspondendo à boa tomada de decisão – Luka tem a destreza e velocidade de execução para jogar em espaços curtos, e quando o campo se abre é tremendo na forma como conduz em direcção à baliza. Dinamitou em conjunto com Everton por completo toda a organização famalicense. Se descobrem espaços e são um perigo quer a criar quer a finalizar, quando os ataques rápidos se iniciam nas suas botas, todo o campo se abre e o poderio ofensivo do Benfica é incrível.
O trio ofensivo tem velocidade de passada e de execução tremenda, mas é a destreza técnica e motora de Everton e Luka que mais impressiona. A agressividade de Darwin provará ser importante no futuro. 
E agressividade é algo que não pode ser deixado de fora da equação:
Com uma frente de ataque sem elementos que são facilmente ultrapassados pelos adversários directos, o Benfica pôde finalmente pressionar sem ver o caminho para a sua baliza destapado. E o vendaval ofensivo começou precisamente onde tem de começar sempre – Na capacidade defensiva dos elementos da frente, que resgataram a bola ou obrigaram a um jogo sem critério do adversário.

Darwin, Luka e Everton imponentes na primeira fase defensiva – Não foi possível jogar contra este Benfica agressivo!

Gabriel poderia ser um adição importante de qualidade no meio campo do Benfica, mas teria de deixar de ser Gabriel. Isto é, o jogo com bola teria de ser todo formatado para parar de arriscar as bolas longas e a progressão em posse. O que acrescenta em recuperação – e isso poderá levá-lo à equipa em detrimento do alemão, perde por completo no jogo ofensivo. É que fazer simples é melhor que fazer errado.
A acompanhar a tremenda exibição de Luka e Everton – Taarabt. O marroquino num relvado de dimensão mais reduzida que o Toumba chegou mais cedo em cada situação defensiva, não comprometeu a equipa, foi esforçado e eficaz. E com bola, voltou a demonstrar porque é tão diferente dos demais – A quantidade de bolas com qualidade que coloca nas zonas de criação encontra pouco paralelo com qualquer outro jogador na Liga nacional ."

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