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domingo, 7 de junho de 2020

Direito a brincar

"Ser a criança tem que se lhe diga neste mundo desafiante a instável que parece enlouquecer a cada volta completa que dá ao Sol. Longe vão os tempos em que todo parecia evoluir lentamente, quase imutável e tão previsível como o anoitecer dos dias e o seu reerguer nas alvoradas. Pois parece mesmo ser verdade, esta ideia romântica de que nos dias perdidos da nossa infância tudo era simples e feliz, inocente e sereno.
Nada mais enganador. Na verdade, a concepção de criança que conhecemos, e que, felizmente, se entranhou na mentalidade ocidental das sociedades mais evoluídas, coloca a criança no centro de um ideal de protecção e consagra-lhe um conjunto de direitos fundamentais vertidos em carta pelas Nações Unidas. Tudo isso no século XX, em consequência da industrialização global e dos grandes ajustamentos sociais do pós-guerra. Mas historicamente, até à Revolução Industrial, as crianças foram força de trabalho e parte da economia doméstica, contribuindo para o sustento familiar.
Não podemos esquecer-nos de que nem sempre assim foi, e que o ideal de Ser Criança tem de ser relembrado, reafirmado incessantemente, ano após ano, para que as sociedades actuais e vindouras não deixem que lhes cheguem à vida, novamente, os retrocessos do trabalho infantil, das penúrias e dos maus-tratos que a dureza dos dias reserva, sempre, aos mais pequenos e fracos. Essa é uma missão fundamental do Dia Mundial da Criança.
E nós, no Benfica, celebramo-lo desde sempre, plenos de valores e humanismo, damos expressão ao carinho profundo que todos sem excepção sentimos pelas crianças e pela defesa dos seus direitos. E se aos seus direitos aplicássemos o nosso lema, 'de todos, um', esse seria o direito a brincar, garantidos que estejam, obrigatoriamente, todos os outros da vida, segurança e conforto!"

Jorge Miranda, O Benfica

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