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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Clássico foi bom entre os 90' e os 90'+5

"À atenção de quem de direito: com 42 faltas em 90 minutos (no City-Liverpool houve 19...) é difícil dar mais minutos ao tempo útil de jogo

Chegou ao fim a primeira volta da I Liga portuguesa e, de forma natural, já que apresentou a equipa mais sólida, o FC Porto arrecadou o título honorífico de campeão de inverno. A tabela classificativa apresenta-nos algumas tendências, mas nenhumas certezas. Por exemplo, a cinco pontos do líder, o Benfica ainda pode, em tese, sonhar com o título. Porém, não é complicado avaliar a dificuldade suprema dessa empresa quando se constata que, na segunda volta, os encarnados viajam a Guimarães, a Alvalade, a Moreira de Cónegos, ao Dragão e a Braga. É verdade que o feeling deixado pela equipa de Bruno Lage (provisório, definitivo ou definitivamente provisório?) nos Açores foi positivo, graças a uma exibição personalizada. Mas, provavelmente, só a dupla ronda na cidade-berço permitirá conclusões, já com a poeira mais assente.
Já o SC Braga, que ocupa o degrau mais baixo do pódio, tem pela frente o desafio da continuidade, a necessidade de dar resposta positiva a dúvida sobre a profundidade do seu plantel e a resistência física e resiliência mental de jogadores, técnicos e dirigentes.
A primeira volta, Luz à parte, foi bastante boa, mas seguramente que a segunda metade da Liga será mais exigente, sob todos os pontos de vista.
Finalmente, de olhos ainda postos no título mas sobretudo no acesso indirecto à Champions, está o Sporting, que se manteve como patinho feio produtivo com Peseiro, sonhou alto com os inícios de Keizer e parece agora ter constatado que oito pontos para o FC Porto (tendo de jogar no Dragão na 34.ª jornada) são pontos a mais. Já apontar a um segundo lugar que deixou de ser o primeiro dos últimos (o Benfica encaixou está época mais de 50 milhões na Liga dos Campeões...) poderá encerrar motivação suficiente para uma equipa que ainda procura o melhor equilíbrio defensiva.
Quanto ao clássico do último sábado: O melhor período do jogo foi entre o minuto 90 e 90+5. Depois de hora e meia de tédio, sacudido apenas por um falhanço de Soares e uma defesa de Casillas, esses cinco minutos cá e lá deixaram água na boca. Viu-se um Sporting menos virado para a frente e um FC Porto com visíveis carências de ordem física, num jogo que teve 42 faltas (o último City - Liverpool teve 19...) e um tempo útil ao nível do pior campeonato da Europa nesse particular, o nosso.

Às
Bruno Lage
Nos Açores, viu-se um Benfica diferente da versão-Vitória. Presença na área a atacar, sectores mais juntos e pressão alta, criaram condições para um triunfo claro em exibição segura. É ainda demasiado cedo para quaisquer outros considerandos. Mas, ao identificar os pressupostos acima descritos, há que congratular Lage.

Ás
Lito
São públicas e notórias as dificuldades por que passa o Vitória de Setúbal, estando inclusivamente em causa a perda de pontos na Liga. Não obstante, Lito vai segurando as pontas dentro do balneário e o ponto conquistado ontem em Vila do Conde representa um tónico importante para o futuro do clube. Organizem-se, por favor.

Às
Tiago Fernandes
A forma pouco humilde como se expressou durante a interinidade leonina levantou reservas. Mas já então se percebia uma vocação para a função. Chaves não começou por ser uma missão fácil, mas a pouco a pouco a água tem-se separado do azeite e este, ao vir à tona, revela um jovem técnico com interessante potencial.

E agora, qual o lugar para Pepe no onze do FCP?
«Já antes podíamos jogar com três centrais. Depende do que se quer de alternativa...»
Sérgio Conceição, treinador do FC Porto
Pepe está no FC Porto com o estatuto merecido de «ele e mais dez». Resta saber quem sai. Sai Maxi e Militão passa para a direita? Ou haverá mudanças mais profunda, com a entrada em cena de três centrais? Seja qual for a decisão de Sérgio Conceição, estamos perante uma mudança significativa na estrutura dos dragões. A meio da Liga, grandes manobras em curso...

Estão a brincar, não é?
O Casa Pia foi punido com a subtracção de seis pontos, a que acresce uma multa de 14 mil euros e a inibição de estar no banco do treinador Rúben Amorim por um ano, por este se ter levantado no banco, quando não tinha habilitações para tal. Punir o Cas Pia? E os outros? E os inúmeros casos semelhantes que têm sido prática nas várias divisões, incluindo a primeira, com clubes de topo até? É uma cobardia que seja um emblema humilde (embora histórico) a servir de bode expiatório. Fortes com os fracos, fracos com os fortes...

Finalmente, o Mónaco faz prova de vida...
O tipo de investimento feito pelo Mónaco desde que foi comprado por um oligarca russo nunca inspirou grande confiança. Agora, em risco de uma despromoção impensável, voltou a aparecer dinheiro e será com jogadores do calibre de Fabregas que a equipa continuará sua política de montanha-russa."

José Manuel Delgado, in A Bola

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