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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A VARdade desportiva

"1. Deram aos árbitros um computador de última geração (que eles tanto pediram), mas parecem continuar a preferir a velhinha máquina de escrever. Tem sido um autêntico VAR aberto de disparates, a maior parte deles sem necessidade, seja por incompetência, falta de hábito ou corporativismo bacoco. Trocou-se o erro humano pelo erro tecnohumano, que fere tanto ou mais a verdade desportiva. Agora temos a VARdade desportiva.

2. A insinuação do director de comunicação do Sporting sobre a capacidade física apresentada pelo SC Braga em Alvalade consagra em definitivo Nuno Saraiva como a figurinha mais deprimente da actualidade no futebol português. Antes de qualquer outro alvo, envergonhou e desrespeitou a instituição Sporting. É demasiado grave, e se o clube não tem a coragem de  despedir, era bom que o futebol tivesse poder para o irradiar. É o problema de querer falar (neste caso escrever) quando nada se tem para dizer. Ou entra mosca ou sai aquilo saiu.

3. Numa semana em que tanto se falou dos tempos de recuperação, dou comigo a pensar se não seria possível obrigar também os directores e/ou departamentos de comunicação dos três grandes a darem-se 72 horas de descanso entre cada post ou tweet. Não há quem aguente tanto ruído, hipocrisia e fundamentalismo. Coitados, se o choradinho ganhasse campeonatos era realmente muito fácil...

4. A propósito da aliança Sporting - FC Porto, que parece estar já em crise (previsível, diga-se...), termino com uma sugestão musical, do fundo do baú, que penso estar à altura da ocasião: Anel de Noivado, do Trio Odemira. «A igreja estava toda iluminada, muita gente convidada, eu também fui para ver, ninguém sabe a tristeza que sentia, porque mesmo nesse dia, casava a mulher amada...»."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

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