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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Litoral e interior

"Por cada metro quadrado de notícias (e de não notícias) sobre a 1.ª Liga, há um centímetro quadrado de notícias sobre a 2.ª Liga. O costume... num contexto futebolístico (e não só) cada vez mais hierarquizado, onde os maiores o são cada vez mais e os pequenos o são quase definitivamente.
Contudo, chegados ao fim dos dois campeonatos - e excluídos Benfica, Porto e Sporting - qual a real diferença entre eles? Muito pouca. Aliás, nalguns aspectos a 2.ª Liga supera, competitivamente falando, a 1.ª divisão. Notável o modo como 5 equipas (7, se o Sporting B e o Benfica B pudessem ascender) chegaram à derradeira jornada com possibilidades de subir (algumas, entre ser campeão no penúltimo minuto e... não subir no último, como foi o dramático caso do D. Chaves).
Outro aspecto que me seduz na 2.ª Liga é a bem-vinda dispersão territorial. Comparemos as ligas desta época, com os clubes por distritos: 1.ª Liga - Porto (5), Lisboa (4) Braga (4), Madeira (2), Aveiro, Setúbal e Coimbra (1 cada). Nenhuma do interior. 2.ª Liga - Porto e Aveiro (3 cada), Faro (3), Lisboa (2), Viseu (2), Açores, Madeira, Vila Real e Castelo Branco (1 cada).
Sobe, pela primeira vez, o Tondela, do distrito de Viseu e regressa o União da Madeira. E ficaram bem perto de o conseguir mais dois clubes do interior: Desportivo de Chaves e Sporting da Covilhã.
Saúdo, no chamado estranhamente campeonato nacional de seniores, o regresso à 2.ª Liga do Famalicão e a ascensão do Mafra. Interessante vai ser o apuramento do 3.º clube a ser disputado entre duas equipas que já militaram na 1.ª divisão: o Varzim e o Casa Pia (este no longínquo ano de 1938)."

Bagão Félix, in A Bola

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