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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Blatter tem de ir

"Quantos sinónimos conhece da palavra vergonha? E quantos antónimos conhece da palavra decência? Pegue em todos eles, nos sinónimos e nos antónimos, e escreva todas as frases possíveis usando-as apenas com um substantivo: Blatter.
Não é mau feitio. Nem é um ataque de 'figuismo'. É mesmo a constatação de que a FIFA está envolta num manto de escândalos que têm vindo a ser noticiados há mais de dez anos, sempre acerca de um polvo de corrupção que tem uma só cabeça. Poucos têm tido a coragem de desafiar o poderio de Blatter, mas entre eles contam-se Luís Figo e Michel Platini. Mas mesmo estes não têm força que chegue para evitar a reeleição de Blatter. Tanto que Figo deitou a toalha ao chão e desistiu na semana passada. Até que esta semana houve um desenvolvimento inesperado, com a detenção de dirigentes da FIFA precisamente por suspeitas de corrupção. Se tivesse um pingo de vergonha na cara, Joseph Blatter demitia-se, para proteger a instituição. Se houvesse ponta de decência, a FIFA, no mínimo, adiava o ato eleitoral. Mas nada: tudo vai fazendo de conta que não se passa nada.
Chega a ser revoltante. Não é só a impunidade. É a inimputabilidade. Os casos relatados de suspeitas de corrupção em actos eleitorais e na escolha da organização de campeonatos mundiais (e repare-se que a única coisa que a FIFA faz é organizar campeonatos do Mundo) são chocantes. E se não há um sismo na FIFA por causa disto então nunca haverá. E é preciso que haja. Quem ama futebol não pode gostar disto. Quem gosta de decência não pode sequer não ficar maldisposto. Blatter tem de ir à vida. No mínimo."

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