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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O inexplicável

"Na quarta-feira, bastaram escassos minutos em campo para Rodrigo desbravar uma alameda rumo à baliza do Anderlecht. Subitamente, um jogador desaparecido, vai quase para dois anos, ressurgia, a passe letal de Sulejmani. No domingo, num jogo pálido em Vila do Conde, Rodrigo surgiu no lugar exacto para empurrar uma bola de golo oferecida. Depois, os dribles enganadores e em velocidade estonteante reapareceram e, num instante, era também Lima, que nas palavras do próprio já andava “engasgado”, que voltava a marcar, para depois marcar de novo.
No Record de ontem escrevia-se que “mais de um ano e meio depois, a procura da forma que o destacava como um dos avançados mais promissores da Europa parece ter chegado ao fim. O melhor de Rodrigo reapareceu em Bruxelas, confirmou-se em Vila do Conde, enchendo o campo com vivacidade e objectividade”.
Note-se bem: Rodrigo e Lima não foram melhorando de jogo para jogo. Pelo contrário. Andavam engasgados, com a confiança pelas ruas da amargura para, de repente, por força de um golo decisivo, de uma finta de belo efeito ou de uma bola que saiu com a direcção adequada, readquirirem a vivacidade, a objectividade e o instinto matador. Ou seja, se quisermos encontrar uma relação de causalidade, não é a “melhoria dos índices físicos”, “o trabalho na vertente técnico-táctica” ou “a familiarização com os processos tácticos” que devolve um jogador às boas exibições. Pelo contrário, é um remate que, com uma forte dose de acaso, encontra o seu lugar no fundo da baliza que confere sentido a tudo o que um jogador andava a fazer.
Lima e Rodrigo estão aí para provar que ajuda estar em forma, mas são os remates certeiros e as fintas que saem que fazem toda a diferença. Bem podem os treinadores dizer que anteciparam as movimentações do adversário, que esperaram pelo momento certo para lançar o jogador ou que sabem tudo do impenetrável mundo das tácticas. No essencial, o futebol é inexplicável e o seu fascínio está nisso mesmo: uma irracionalidade que se repete ao longo de 90 minutos que somos incapazes de antecipar ou de prever."

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