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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Benfica mais forte que o ano passado?


"É a dúvida que assola neste momento os Benfiquistas e os analistas do futebol deste nosso cantinho. Depois de uma época de ótimo futebol (exceção ao apagão de abril) e conquista de campeonato, estará o clube da Luz mais fraco? Mais forte? Igual?
Costuma-se dizer que mais difícil que chegar ao topo, é manter-se no topo. É esse o desafio que se coloca ao Benfica neste momento. Repetir um campeonato, algo que não é feito em Portugal desde o seu Tetra de 2013 a 2017. O clube mantém presidente, treinador e maioria do plantel 22/23, mas analisemos por posição:

Baliza: Hélton Leite saiu em janeiro e Schmidt confiou até final da época nos dois jovens do Seixal, Samuel Soares e André Gomes como alternativas ao titularíssimo Vlachodimos. Fala-se que o Benfica procura agora uma alternativa mais forte ao grego (até porque Samu chumbou no teste do Restelo) e honestamente surpreende tanta confiança de Schmidt no nº1 na Luz. No meio de muitas qualidades, Vlacho tem dificuldades fora dos postes e nas bolas pelo ar. Mas presumo que o alemão pensará que mais um vale um Quim na mão, que dois Robertos a voar...
Defesas laterais: Aqui não há dúvidas, Benfica está claramente mais fraco. Não tanto pela perda de Gilberto, obviamente, até porque há Bah (embora não seja certo que João Víctor adaptado à posição ofereça mais que "Gilberto Carlos"), mas muito por Grimaldo que fez das melhores épocas que alguma vez se viu na Luz naquela posição. Jurasek parece ser uma alternativa muito diferente, mais veloz e direto, mas com muito menos capacidade técnica e de envolvência com a restante equipa. Talvez Ristic já merecesse uma aposta a titular.
Defesas centrais: A única alteração é a saída de Lucas Veríssimo para recuperar o tempo perdido com a lesão e a aposta em Tomás Araújo, depois de proveitosa experiência no Gil Vicente. O Benfica aposta na liderança de Otamendi e na consolidação de António Silva e Morato. É uma posição em que o clube está bem apetrechado.
Extremos: Benfica manteve as peças que tinha (mesmo com Rafa em final de contrato) e ainda somou o talento extraordinário de Di Maria. Não tendo lesões, será um reforço enorme. Há ainda Schjelderup e Tiago Gouveia a bater à porta. Meio-campo ofensivo é mesmo onde o Benfica tem mais e melhores opções. Ao ponto em que parece ter 5 titulares óbvios para 3 posições (e portanto dois andarão pelo banco).
Médios centro: Depois da saída de Enzo em janeiro, Rui Costa fez de Kökcu a transferência mais cara do futebol português. Um jogador com perfil de líder que se junta a Florentino, João Neves, Chiquinho e Aursnes, se for essa a aposta de Schmidt este ano para o versátil "Viking". Talvez falte uma alternativa como nº 6 a Florentino, pois todos os outros jogadores têm mais perfil de nº 8. E ainda agora no último jogo com o Feyenoord se sentiu isso.
Avançados: Aqui está a grande dúvida até ao final do mercado. Gonçalo Ramos fica ou sai? Se sair, Benfica recebe muitos milhões, mas fica com um problema grave em mãos, porque os avançados de topo são raros e caros, muito caros. Principalmente já perto do fecho do mercado. Musa deverá continuar a ser a aposta para os 15/20 minutos finais e Tengsted a terceira opção, já que Henrique Araújo foi (e bem) emprestado.

É um plantel ainda com algumas pontas soltas, mas que no geral parece estar já definido na sua maioria e que sejamos francos, tem que dar garantias para uma boa época. Era bom ter um guarda-redes melhor, uma alternativa a lateral direito, um defesa esquerdo que já fizesse esquecer Grimaldo, um nº 6 fortíssimo e a garantia que Gonçalo Ramos continuava de águia ao peito? Sim, era. Mas com o plantel atual e olhando para o mercado dos rivais, o Benfica tem a exigência de voltar a ser campeão, fazer boa prestação na Europa e chegar longe nas taças.
Esperemos que Roger Schmidt tenha aprendido as lições desta pré-época que foi de mais a menos e que o Benfica se apresente na sua máxima força contra o FC Porto na Supertaça. O alemão merece confiança pelo que mostrou na época passada e temos que olhar para o jogo de Aveiro com ambição e não receio. Algum dia o famoso "bloqueio mental" (sendo que se observarmos com mais racionalidade e menos emoção, é muitas vezes mais bloqueio tático e físico que propriamente mental) que se fala que o Benfica tem quando enfrenta o seu rival do norte terá que acabar. Será importante mostrar uma posição de força logo ao início e não darmos mais um balão de oxigénio a um clube cujo presidente nos regularmente trata como "inimigos", partindo daí para a conquista de um campeonato que todos entendem ser de extrema importância, até pelas alterações que se seguem nas competições europeias nos próximos anos.
Há um comboio a passar em que possivelmente só entrará um clube português e é fundamental que esse clube seja o Benfica.
Rumo ao 39!"

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