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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A força do (des)Norte (II)

"- Capítulo II
O FC Porto emitiu, na passada 3ª feira, um comunicado, abordando diversos pontos que considerava serem relevantes. Para a sua massa adepta acreditamos que o sejam. No entanto, havendo lugar ao contraditório, está-se sujeito à análise e contra argumentação.

Vamos então dar seguimento ao capítulo I, lançado ontem, e terminar a desconstrução do comunicado, ponto por ponto, neste capítulo II:
FC Porto - «Recordamos que não foi o presidente do FC Porto que disse que determinado árbitro “não pode apitar mais” o seu clube e que, como prémio, obteve precisamente a não nomeação desse árbitro para os restantes jogos da época em que essa declaração foi proferida»
Bem sabemos que Pinto da Costa estava habituado a escolher livremente os árbitros para os jogos do seu FC Porto e a vetar os que não interessavam. Aí era tudo à descarada, sem qualquer pudor. Hoje em dia tem de ser mais recatado, sim, porque continua a fazer os seus joguinhos nos bastidores. Não estamos a dormir e basta estarmos atentos e observar o padrão dos árbitros que deixaram de apitar o FC Porto, ou que erram sistematicamente em prejuízo dos seus rivais, ou ainda os que beneficiam reiterada e sistematicamente o FC Porto.
E como estamos atentos, relembramos que ainda em Novembro passado Pinto da Costa emitiu um veto arbitral “FC Porto não quer Rui Costa a árbitro ou VAR nos seus jogos”.

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FC Porto - «Recordamos que não foi o presidente do FC Porto que mandou baixar a nota de um árbitro, num caso em que a nota até baixou mesmo mais do que alguma vez tinha baixado»
Abril 2017: Luís Gonçalves - Director do FC Porto, após o empate com o Braga dirige-se ao árbitro Tiago Antunes com as seguintes palavras: "nós sabíamos o que tu vinhas para aqui fazer, nós vamos conversar mais tarde, a tua carreira vai ser curta". Tiago Antunes viria a descer de categoria mais tarde. Coincidências à FC Porto.
Estes dois pontos acima ilustram bem o modo de estar do FC Porto. Quando não se ganha, a culpa é sempre dos árbitros, tal como foi nas seguintes ocasiões:
Setembro 2016: na sequência de um empate em Tondela, o FC Porto vem fazer duras criticas ao árbitro Hugo Miguel e ao Conselho de Disciplina. “A verdade é que o Conselho de Arbitragem está a ser coerente nas nomeações e para os jogos fora do FC Porto designa árbitros de Lisboa com um critério que se define simplesmente como canela até ao pescoço - impressionante a dureza sucessiva não sancionada pelo árbitro. (...) De uma vez por todas, os critérios têm de ser iguais para toda a gente e não estão a ser. E as regras são para cumprir, as técnicas e as disciplinares. Que não volte a acontecer a equipa alguma tantos lances sem sanção disciplinar, porque adultera a verdade do jogo, com interferência no resultado, como é óbvio";
Março 2017: após empatar com o Setúbal em casa, é dito isto: "Como de costume, o FC Porto tem sérias queixas da arbitragem, que deixou passar três lances de penalidade, primeiro sobre André Silva, depois sobre Brahimi e novamente sobre André Silva. No segundo lance chega a ser caricato que árbitro e assistente não tenham visto a forma como Bruno Varela empurrou Brahimi. E assim se adulterou um jogo de forma grave, com clara influência no resultado”;
Fevereiro 2019: Pinto da Costa e Luís Gonçalves foram ao balneário dos árbitros no final do Moreirense - FC Porto (1-1). Foram certamente desejar uma boa semana a todos;
Maio 2019: derrotados na Taça de Portugal ante o Sporting, diz Francisco J. Marques: “FC Porto foi prejudicado na final da Taça de Portugal”;
Outubro 2019: empate nos Barreiros, Sérgio Conceição ao seu melhor jeito vem queixar-se da arbitragem e do suposto anti-jogo: “Na segunda parte começou o festival, dos 45 aos 47 ou 48 minutos esteve um jogador do Marítimo no chão, depois o guarda-redes. Seis substituições são três minutos, 30 segundos por cada uma. Os adversários podem fazer o que quiserem para perderem tempo. Se o árbitro tiver que dar 15 minutos de desconto, dá 15”. Pensávamos que o Sérgio não falava de arbitragens e odiava anti-jogo, mas certamente que foi um truque de ilusionismo e todos vimos outro clube que não o FC Porto a fazer anti-jogo diante o Feyenoord, no Dragão.

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FC Porto - «Recordamos que não é o FC Porto que tem um presidente e um vice-presidente arguidos num caso em que se investiga a corrupção de um juiz.”
Só pode ser brincadeira.
Paulo Óscar, procurador da República do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, foi condenado pelo Tribunal da Relação da mesma cidade por abuso de poder e foi multado em 1800 euros. Motivo? Pressionou um queixoso - de um processo em que não era titular - a desistir de uma queixa contra o chefe de segurança do FC Porto. No final disto, apesar da condenação e da respectiva multa, o magistrado em causa poderá ainda actuar em casos que envolvam o clube portista.
Estranho? Não é caso único. No processo “Operação Fénix”, Pinto da Costa foi acusado do crime de segurança ilegal com a omnipresente SPDE – empresa responsável pela segurança do estádio do Dragão - tendo sido absolvido pelo Tribunal da Comarca de Guimarães. Surpreendentemente, o magistrado local do Ministério Público pediu essa mesma absolvição desconsiderando todo o trabalho da investigação, que foi longa e minuciosa. Esta carambola forçou o DCIAP (Departamento Central de Intervenção e Acção Penal) a “avocar” o processo e recorrer da absolvição de Pinto da Costa, Antero Henrique e dos restantes arguidos da Operação Fénix.
Ainda a este respeito, bem elucidativo da promiscuidade entre o FC Porto e demais órgãos de investigação, nunca esquecer que na altura do Apito Dourado, Pinto da Costa foi avisado por um elemento da Polícia Judiciária de que iria ser alvo de buscas, tendo assim fugido para Vigo. 

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FC Porto - «Recordamos que não é o FC Porto que está a ser investigado no âmbito do caso Mala Ciao, por corrupção de equipas adversárias»
Voltamos ao mesmo. Entre FC Porto e SL Benfica só um dos clubes foi condenado por corrupção desportiva. E esse clube é o FC Porto. E se é verdade que o Apito Dourado já tem uns anos, ainda hoje continuam a praticar manobras ilegais e corruptas. Vide o caso do jogo Estoril - FC Porto. Vendo-se em risco de hipotecar o campeonato, eis que ao intervalo se descobre uma grande fenda na bancada e se manda a claque oficial invadir o relvado. E pelo meio ainda aparece uma factura que estava por pagar ao Estoril. Pobre Ivo Vieira, que não pôde dizer o que verdadeiramente sentia.


FC Porto - «As vitórias que o Benfica alcançou durante os mandatos de um homem que já foi condenado por roubo são suspeitas porque as autoridades as investigam enquanto tal e porque são conhecidas várias provas que colocam em causa a sua legitimidade. Tudo o que o Benfica comunica sobre a lisura dos desempenhos dos rivais tem como propósito tentar ocultar esta triste realidade e lançar para a casa dos outros a lama em que o clube está actualmente mergulhado. É palha para burros. Há sempre quem a coma»
Nunca o Polvo das Antas teve o propósito de defender cegamente os dirigentes do SL Benfica, porque os dirigentes passam mas o clube fica. Porém, perante esta alarvidade, há que sublinhar de modo explícito que o presidente do SL Benfica nunca, em tempo algum, foi condenado em qualquer processo relacionado com o futebol, desportivamente falando. Mas se o objectivo é falar de casos extra-futebol, temos muito que discorrer, mas vamos apenas tecer breves considerações:
SEF - O FC Porto oferecia bilhetes, empregos e camisolas a funcionários deste organismo, em troca de vistos e legalizações dos seus jogadores;
Doping - Não é suposição nossa, é factual. Walter Casagrande, ex-jogador do FC Porto, confessou o uso de substâncias proibidas aquando da sua passagem pelo clube. A equipa de ciclismo do Porto é também fértil em casos dúbios e intrigantes;
Fair Play Financeiro - O FC Porto continua sob vigilância da UEFA, já há mais de 3 anos, situação provocada por um período 2013/2016 absolutamente desastroso a nível financeiro. Apesar da situação em que se encontra, beneficia de um emaranhado de contratos públicos que financiam o seu canal de televisão;
Ameaças a jogadores/treinadores - Paulo Assunção confessou ter sido ameaçado com um tiro no joelho caso não renovasse com o clube. Co Adriaanse viu ser arremessado um very-light para o seu carro, após um empate na casa do Rio Ave. Abandonou o clube pouco tempo depois;
Mesquita Alves - Então dirigente portista, foi encontrado, em 2012, morto numa casa de banho do Estádio do Dragão. “Alegadamente” suicidou-se. A arma nunca foi encontrada;
Centro de Estágios do Olival - O FC Porto pagou durante muito tempo uma renda mensal de 500€ pelo uso do Centro de Estágios. A obra custou à Câmara de Gaia cerca de 16M€. O FC Porto demoraria, assim, 2666 anos a pagar a totalidade da obra. Não merece comentários.
Poderíamos continuar aqui a apontar casos desta estirpe, tal é a quantidade em que estiveram e estão envolvidos. O objectivo sempre foi e sempre será o mesmo: serem beneficiados, ao mesmo tempo que promovem o prejuízo do SL Benfica. O FC Porto e sua comandita imunda representam todo o mal que há na sociedade, mais especificamente no futebol. Hipocrisia, falta de escrúpulos, mentiras, roubo de correspondência privada, deturpação de informação, violência, manipulação de massas, vale tudo.
Têm vindo à tona sinais de que a situação no FC Porto se está a deteriorar. Urge, da parte do SL Benfica, ser impiedoso, sem tréguas, sem misericórdia. Por todo o mal que nos causaram.
Não basta o polvo estrebuchar. É preciso matá-lo."

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