Últimas indefectivações

domingo, 24 de setembro de 2017

Abrir alas à redenção

"Vitória do Benfica assentou nos equilíbrios de Fejsa e na velocidade imposta nos corredores

Consistência e dinâmica
1. O Benfica jogou muito melhor em relação às últimas exibições. Desde logo porque a entrada de Fejsa torna a equipa mais ligada e equilibrada em todos os sentidos: pela consistência defensiva e pela forma como o ataque fica mais seguro e solto, menos tenso em relação à perda de bola. Por outro lado, os encarnados mostraram grande dinâmica e mobilidade nos desenhos de ataque, fruto, em grande parte, da velocidade de Cervi e Zivkovic (jogo fantástico de ambos!), o primeiro contando ainda por cima com a preciosa ajuda de Grimaldo para formatarem um corredor esquerdo de grande qualidade. A primeira parte teve sentido único (o Paços nem passou do meio-campo) e os primeiros 25/30 minutos do Benfica foram de grande nível, com pressão enorme, sem deixar o adversário respirar, e com a criação de muitas oportunidades de golo. A partir daí, e até ao intervalo, o Benfica baixou um pouco a intensidade, algo perfeitamente normal, embora nunca deixando de jogar bem, de estar claramente por cima do jogo. O resultado pecava por escasso ao intervalo, sobretudo pela falta de eficácia das águias na hora de materializar as ocasiões.

Ainda falta confiança
2. A segunda parte já foi diferente. Mesmo perante um Paços que procurou equilibrar e reagir mas nunca o conseguiu (apesar dos méritos do Benfica, a equipa de Vasco Seabra praticamente não existiu no Estádio da Luz), o Benfica deixou de ser uma equipa constante para jogar mais aos repelões, alternando entre períodos bons e menos bons (mas nunca jogando mal, note-se). É algo que tem a ver com a falta de confiança que a equipa ainda sente e que só uma sequência de vitórias pode curar de vez. Ainda assim, o Benfica continuou a criar oportunidades e poderia ter goleado.

Júlio César e os adeptos
3. Fez bem Rui Vitória em apostar em Júlio César (ontem praticamente um espectador). Bruno Varela é um jovem com valor e não deve sentir-se fragilizado, Júlio César é mais experiente e nesta fase passa mais confiança à equipa.
Uma nota final para a importância do apoio dos adeptos do Benfica, sobretudo da claque que não parou de incentivar um minuto. Isso foi determinante para empurrar o Benfica para a vitória."

Álvaro Magalhães, in A Bola

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