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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Pedras no caminho da felicidade

"Benfica acabou por merecer a vitória, mas há que destacar também a boa réplica do Chaves.

Discutir protagonismo
1. Na primeira parte registou-se algum equilíbrio. O Benfica entrou bem no jogo, mas o Chaves, com muito mérito, fruto da capacidade colectiva, conseguiu discutir o protagonismo na partida e acabou até os primeiros 45 minutos em crescendo. Do lado do Benfica, neste período, era basicamente o corredor direito a revelar-se mais activo e incómodo, sobretudo através da capacidade de André Almeida em projectar-se ofensivamente e da forma como Salvio ocupava muito bem o espaço interior e procurava ainda zonas de finalização, acabando por ser o jogador mais em evidência e mais produtivo do lado encarnado.

Momento de recuar
2. Na segunda parte, os primeiros minutos foram de grande intensidade de parte a parte, com oportunidades sucessivas, mas aos poucos o Benfica acabou por obrigar o Chaves a remeter-se a um jogo essencialmente defensivo. Aliás, depois da oportunidade por Jorginho, num remate para excelente defesa de Varela, a equipa da casa nunca mais se viu em termos ofensivos - teria mais à frente um contra-ataque que resultou em remate de Jorginho, novamente, mas ao lado da baliza. Essa quebra do Chaves ficou a dever-se sobretudo ao desgaste dos seus extremos, que deixaram de ter capacidade para proporcionar saídas.

Pela direita, pois claro
3. O Benfica acabou por ter alguma felicidade ao chegar à vitória nos últimos minutos, já em tempo de compensação, mas não em causa a vitória, acabou por merecê-la. Contudo, deve destacar-se também a boa réplica do Chaves, sobretudo na primeira parte, conseguindo equilibrar o jogo e até superiorizando-se em alguns momentos. No momento em que o Chaves, conforme referido atrás, fez a sua concentração defensiva de forma mais declarada, para tentar anular as investidas do Benfica, as dificuldades das águias tiveram sobretudo a ver com o facto de não conseguirem dar largura ao seu jogo. E com as saídas de Cervi, primeiro, e Salvio, depois, a equipa simplesmente deixou de ter capacidade para flanquear o jogo, a não ser pela direita, com André Almeida e Rafa, já que na esquerda Eliseu não revelava capacidade para chegar ao último terço com qualidade e era sobretudo Seferovic a descair para essa zona, ele que é claramente jogador de corredor central. Tornava-se assim mais fácil para a Chaves anular muitos dos ataques do Benfica, o que não aconteceu, porém, no lance do golo, precisamente nascido no lado direito e concluído no coração da área pelo avançado suíço.

Estão avisados
4. Em resumo, vincar que foi um bom jogo e a prova de que os grandes não vão ter vida fácil no campeonato português. Vão encontrar adversários bem organizados e com capacidade para discutir os resultados."

João Carlos Pereira, in A Bola

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