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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A sorte

"Bela equipa a do Chaves, a mostrar que é possível dar luta ao Benfica sem que se recorra sistematicamente ao antijogo.
E bem a nossa equipa, a demonstrar, mais uma vez, que sabe adaptar-se às contingências das partidas e ultrapassar, quando necessário, a desinspiração colectiva.
No entanto, apesar dos méritos e deméritos de cada equipa, só o Benfica poderia sagrar-se vencedor. A tripla oportunidade de golo flaviense numa única jogada foi caso único, cabendo à nossa equipa as despesas do jogo e as restantes oportunidades. Logo se apressaram os críticos a referir a sorte e a estrelinha, ignorando que a primeira procura-se e a segunda conquista-se. Mas falemos da nossa sorte que os nossos adversários têm o azar de serem incapazes de reconhecer e, com isso, estimularem inadvertidamente a nossa ambição pela conquista de títulos.
Comecemos pelo golo de Mitrolgou mal invalidado, antes da tal tripla  oportunidade do Chaves. Continuemos com a excessiva agressividade do nosso adversário sob a complacência de um árbitro permissivo até decidir (bem) admoestar Lisandro López no final da primeira parte. Recuperemos a lista de ausentes: Jonas, Jiménez, Jardel, Samaris, Rafa, Danilo. Prossigamos com a consistência fora: 15 vitórias consecutivas fora; 27 partidas sempre a marcar; 17 vitórias e um empate nos últimos 18 jogos. E terminemos alegando que Lindelof, com alguma sorte, não teria desperdiçado uma oportunidade flagrante de golo frente ao Vitória de Setúbal e teríamos, então, conquistado 18 pontos em seis jornadas. Muita sorte, portanto...
P.S. Ainda não foi esta semana que se voltou a falar em videoárbitro lá para os lados do Lumiar."

João Tomaz, in O Benfia

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