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sábado, 9 de julho de 2016

Vamos fazer a festa dos portugueses

"A um dia e algumas horas de distância da final da 15.ª edição do Campeonato da Europa, sem que alguém detenha poderes mágicos para adivinhar o que nela irá passar-se, em respeito pela verdade deve sublinhar-se o desempenho espantoso da Selecção Nacional. No princípio, eram 24 países. Agora, são apenas dois, a quem cabe o privilégio de decisão do título. Portugal é hoje falado e admirado no mundo inteiro por causa do futebol. Não por ter jogado bem ou mal, ao ataque ou à defesa ou por ter marcado poucos ou muitos golos, mas tão-somente por ser um dos finalistas. Estatuto determinado pelos resultados, a única fronteira que, em concreto, separa os fracos e os fortes, os vencidos e os vencedores. Que explica também o sucesso estratégico de Fernando Santos, o qual, contra ventos e marés, foi capaz de construir a estrada que o levou tão longe, a ele e aos seus jogadores. Depois, com a franqueza e a tolerância dos homens bons, espalhou a sua mensagem e foi cativando seguidores. A discussão sobre a política competitiva definida para este Europeu, essa, vai prolongar-se e suscitar barulho imenso sem que se vislumbre uma conclusão nos anos mais próximos... No entanto, apesar da confiança do nosso seleccionador na vitória, convém destacar que, independentemente do resultado de amanhã, ninguém pode apagar o caminho que a Selecção já percorreu, sendo certo que partimos para a última final não para estragar a festa dos franceses, mas sim para fazer a festa dos portugueses.
A força de acreditar de Fernando Santos teve a virtude de revolucionar o discurso do treinador lusitano. Foi uma decisão corajosa e um salto de gigante em direcção ao futuro. Marco Silva, que representa a nova geração, já percebeu a mudança e felicitou o seleccionador por isso."

Fernando Guerra, in A Bola

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