Últimas indefectivações

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Para memória futura

"Escrevo antes do jogo do Benfica com o PSG. Um encontro importante (pelo menos financeiramente), mas bem atrás da relevância do jogo da 6.ª-feira passada com o modesto Arouca.
Quase sempre os campeonatos se perdem ou ganham nos confrontos ditos mais fáceis. No ano passado, o carrasco do Benfica foi o Estoril (então de volta à 1.ª Liga) na Luz. Este ano, 4 pontos desperdiçados contra dois clubes igualmente promovidos à 1.ª Divisão: Belenenses e Arouca. O clube do Restelo deveria ter servido de sério aviso, uma espécie de empate para memória futura. Mas, pelos vistos, não.
Não compreendo o modo como muitas vezes de encaram estes jogos. Como se o simples andamento dos ponteiros fabricasse vitórias. Como se os primeiros minutos fossem tão-só um treino para aquecer. As equipas que assim encaram estes jogos não se podem queixar das contingências próprias do futebol, nem de autocarros ou aviões das equipas adversárias que, aliás, jogam com as armas que têm.
Não entendo alguns equívocos da equipa técnica. O fiasco Bruno Cortez ainda cá anda porquê? Que motivação terá para jogar quando sabe que vai ser em breve recambiado? André Almeida não se poderia cansar antes do jogo com o PSG? Mas os jogadores não aguentam 2 jogos em 5 dias? Porque diabo se escolheu um momento tão complicado de um jogo para o enigma Funes Mori se estreasse na equipa principal, adiando, aliás, a entrada de Ivan Cavaleiro que sempre dá velocidade e genica ao ataque? O que se passa com os jovens sérvios que se arrastam pelos relvados? Quando se dará uma oportunidade a Oblak até para que Artur sinta que não é dono da baliza?"

Bagão Félix, in A Bola

PS: Eu também sou treinador de bancada tal como o consócio Bagão, também tenho as minhas tácticas, as meus onzes, as minhas substituições, os meus preferidos e os meus mal-amados... somos adeptos, e tudo isto é normal. Agora, isso não quer dizer que temos razão. Até porque as nossas 'escolhas', opostas aquelas que foram tomadas, não foram testadas, e como tal são de eficácia desconhecida... Sendo assim, vou fazer um pequeno exercício do contraditório, brincando com o treinador 'Félix', respondendo a algumas das perguntas deixadas pelo cronista:
a) Cortez - ainda ontem ouvi um dos novos heróis do Benfiquismo - como se pode ler em vários post's hoje escritos pela gloriosasfera -, Carlos Daniel, disse ele: o Cortez não é tão mau como se diz, só precisa de mais tempo de adaptação!!! Disse mesmo que contra o Arouca, sem o Cortez, o Benfica não melhorou!!!
b) André Almeida - gosto do André, mas se tenho toda a confiança quando o André joga na direita, quando é adaptado a defesa-esquerdo fico preocupado: recordo-me da péssima exibição no Jamor... e para quem tem memória mais curta, cometeu um erro grave em Vila do Conde, que deu em golo do adversário!!!
c) Funes Mori - sem o Cardozo, tem sido o Lima a jogar a '9' e as exibições do brasileiro não têm sido boas, marcou golos em 2 penalty's e 1 livre directo, mas de bola corrida, tem irritado muitos. Não tem claramente as características de 'pinheiro', sendo assim a chamada do Funes até peca por tardia...!!!
d) Sérvios -  é verdade que o rendimento não tem sido o melhor, mas se eles não jogarem, como é que podem melhorar!!!
e) Oblak - e se quando o Artur sentir o lugar em perigo, reagir com mais tremedeira?!!!
Tanto os treinadores de bancada, ou sofá, como os gestores de bancada, ou de teclado, podem fazer as dissertações mais brilhantes sobre os mais diversos temas, mas ninguém pode garantir que tem a solução mágica, porque as consequências de cada decisão, têm sempre um grau de incerteza elevado, por mais estudos, ou garantias que possam ser dadas... Compreendo o argumento do desgaste de imagem, tanto do treinador como do presidente, mas esta procura doentia de supostos erros de 'la palisse' cometidos pelos dois... já irrita.

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