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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Portugal é um país sem rei nem roque


"Há pouco tempo ficámos a saber que John Textor tentou comprar parte da dívida do Sporting por 150 milhões de euros. O americano confirmou, inclusive, que a proposta foi bem vista pelos bancos, mas acabou por ser «chumbada» por motivos que toda a gente desconhece.
Recordamos que, recentemente, o BCP atribuiu um desconto de 84% ao Sporting e tanto nos jornais desportivos como de economia, tão céleres em perseguir e dissecar os negócios e finanças do Benfica, ninguém se dignou a investigar o escândalo. Não há um jornalista que questione o Sporting e a banca face às afirmações de Textor e à proposta recusada que beneficiaria a banca e os contribuintes. Ninguém! Nem um economista ou jornalista!
Depois de um perdão de 94.5 milhões de euros em 2018, o Sporting auferiu então de novo perdão de 71 milhões. Se 70% de desconto de dívida já era absolutamente escandaloso, 84% é cuspir na cara de todos. De 85 milhões de euros que tinham em dívida, o Sporting pagou 14 milhões, ou seja, apenas 16% do valor total da dívida ao BCP.
Os intelectuais da nossa praça, sempre em luta pelo bem do nosso país, não se coibiram de condenar as dívidas - SEM PERDÕES! - do Sport Lisboa e Benfica, porém, toldados pela clubite aguda, têm conseguido abafar o que se passa no Sporting Clube de Portugal, que através dos valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) e repetidos perdões de dívida provocou perdas que ascendem os 165 milhões de euros.
Onde anda o Estado? Onde anda o Parlamento? Onde anda a indignação da comunicação social? Não fomos nós, contribuintes, que quisemos o Paulinho, o Slimani ou St. Juste! Não fomos nós, contribuintes, que decidimos investir mais de 30 milhões por ano nas modalidades amadoras. Nem fomos nós, contribuintes, que pagámos uma milionária cláusula de rescisão para trazer Ruben Amorim do Sp. Braga para o Sporting.
Os portugueses têm de se insurgir e exigir equidade de tratamento da banca. Se o Sporting tem direito a recusar investidores e a usufruir de perdões de centenas de milhões de euros, então todos deverão exigir a mesma atitude relativamente aos seus empréstimos. É extremamente grave que haja quem incumpra reiteradamente e continue a beneficiar de tratamento privilegiado por parte da banca, governo, imprensa e organismos que tutelam o desporto nacional. O contribuinte não tem de pagar pelos atos de gestão dos administradores de um clube que há muito deixou de poder competir com os grandes, mas que continua a viver como se fosse um, bem acima das suas capacidades.
 Enquanto as SAD de clubes concorrentes têm de recorrer a empréstimos obrigacionistas para saldar as suas dívidas, nomeadamente o Benfica e FC Porto, o Sporting dá-se ao luxo de recusar propostas de 150 milhões por parte de investidores com a subvenção da banca, que os sustenta com o dinheiro de todos nós.
Depois de ter recebido mais de 5 mil milhões de euros dos contribuintes portugueses, aguardemos agora que o Novo Banco não tenha a mesma abordagem que o BCP e promova, também, uma vergonhosa concorrência desleal em benefício do Sporting, com um desconto superior a 80% na recompra de uma dívida acumulada de forma irresponsável.
Portugal é um país sem rei nem roque."

1 comentário:

  1. E se fossem todos levar no cu? Paneleiros do caralho… filhos de uma ganda puta. Nojentos de merda. Paneleiros.

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